O preço do petróleo vem subindo todos os meses, às vezes até duas vezes em um mesmo mês. No Brasil quase tudo é transportado por caminhões movidos à Óleo Diesel, portanto o aumento no preço desse produto desencadeia um aumento no preço de tudo.
A malha rodoviária brasileira é imensa e o transporte ferroviários que seria a solução foi sendo abandonado ao longo dos anos para atender os interesses das grandes empresas de petróleo internacionais. O petróleo é um recurso que tem fim, ele não é inesgotável, e vai se tornar escasso em breve. A solução imediata seria voltar a investir em ferrovias. O Brasil deveria ter no mínimo ferrovias ligando todas as capitais do país.
A criação de ferrovias seria uma saída não só para o problema do aumento do preço e a escassez de petróleo mas também criaria centenas de milhares de empregos e daria fôlego à economia que está em frangalhos. Mas ninguém, nenhum partido político, tem a coragem de fazer essa proposta e impor essa política. O seu compromisso continua sendo com os lucros dos produtores de petróleo e com os especuladores financeiros.
Em 2018 os caminhoneiros fizeram uma greve nacional, na verdade um lockout (greve patronal), que é proibida, as reivindicações eram praticamente todas empresariais, como redução no preço dos pedágios que é uma aberração no Brasil, redução no preço do óleo etc.; não havia sequer uma reivindicação para os motoristas, como limite na jornada de trabalho e salários melhores. Foi uma greve patronal no fundamental.
Como derrubar Bolsonaro
Agora volta às redes sociais a discussão sobre uma possível greve dos caminhoneiros a partir de 1º de fevereiro. O presidente Jair Bolsonaro, que teve o apoio desse movimento, pelo menos daqueles que se manifestavam em diversos “piquetes” feitos nas estradas em 2018, pede paciência para ver se consegue reduzir o preço do petróleo. Ninguém acredita nisso, mas o governo acredita no capital político junto aos donos das transportadoras.
Com o caos na economia causado pela política recessiva e de entrega do país praticada pelo superministro Paulo Guedes, uma grande paralisação de categorias importantes de trabalhadores pode mesmo derrubar o governo.
Mas todos devem ficar alertas. A máfia sindical e dos partidos políticos fazem parte da base de apoio real do Governo Bolsonaro; tanto é assim que há três anos não impulsionam uma única greve. As únicas duas greves contra Bolsonaro, que aconteceram nos Correios, foram impulsionadas por Gazeta Revolucionária contra todos os setores da máfia sindical e dos partidos políticos.
Por último, não basta tirar Bolsonaro; junto com ele deve sair toda a chapa “eleita”, cancelar as eleições de 2018 e fazer novas com amplas liberdades democráticas.
Os verdadeiros revolucionários e anti-imperialistas devem levantar as bandeiras de luta da revolução, que passam pelos seguintes pontos fundamentais.
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