Agora a própria direita assumiu a bandeira da “frente ampla”. Nela cabe todo tipo de direitista e inclusive a extrema direita.
Mas para haver um mínimo de credibilidade é preciso de um inimigo. Quem seria?
A política imposta pelas classes dominantes no Brasil é tão claramente um copiar/colar dos Estados Unidos que até a política de manter um inimigo artificial e controlado se repete.
E os chefes da “frente ampla” quem são?
Os mesmos elementos da extrema direita que participam hoje do Governo Bolsonaro. Rodrigo Maia é o presidente do DEM e membro do Centrão. O DEM é o novo nome do PFL, que foi uma das duas alas em que se dividiu o partido da Ditadura Militar, a Arena. Do Centrão, participa a bancada do boi e da bala, os evangélicos de extrema direita e todo tipo de reacionário.
Essa política abertamente reacionária e inimiga do Brasil foi ensaiada nas eleições de 2018, quando Haddad buscou alianças até com FHC, Rodrigo Janot e Joaquim Barbosa, sem uma única mobilização dos trabalhadores para barrar o Bolsonarismo.
A mesma política se repetiu nas eleições municipais e até de maneira mais grotesca. Não foi levantada uma única bandeira da esquerda. Os candidatos de “esquerda” defenderam na maior cara de pau as bandeiras da direita. Até o suposto mais esquerdista deles, Guilherme Boulos defender abertamente o fortalecimento da polícia.
A política da “frente ampla” é a política de todos os partidos políticos do regime contra o povo brasileiro.
A essa política deve ser contraposta por uma política revolucionária e anti-imperialista que levante de verdade as bandeiras para salvar a nação brasileira e os povos do mundo da crise.