A crise capitalista e a Quarta Revolução Industrial
A crise capitalista e a Quarta Revolução Industrial

A crise capitalista e a Quarta Revolução Industrial

Entende-se por Quarta Revolução Industrial o foco dado à inteligência artificial e aos metadados, além do que seria a Terceira Revolução Industrial baseada na computação e nas telecomunicações. Nesta última, o domínio dos Estados Unidos tem sido quase absoluto.

Na Quarta Revolução Industrial, a China aparece como forte concorrente buscando aumentar, e até dominar, o controle do mercado mundial. O imperialismo estadunidense e no geral, o imperialismo mundial, obviamente não irá aceitar a perda desse controle porque isso implicaria em forte enfraquecimento.

Nesta etapa da situação política, o controle tecnológico tem se transformado em condição indispensável de sobrevivência, até porque há um claro impacto sobre o sistema de armamentos.

A partir do século XX, nenhuma importante divisão do controle do mercado mundial tem acontecido a não ser por meio de grandes e sangrentas guerras.

O aumento das contradições inter-imperialistas acontece no contexto do aprofundamento da maior crise capitalista de todos os tempos, numa luta pela própria sobrevivência.

O controle do mercado mundial depende do controle e monopólio da tecnologia, das armas, da especulação financeira e da capacidade para impor a sua própria “paz”.

O avanço tecnológico caminha na mão do avanço da pobreza e da riqueza. Conforme a crise continua se desenvolvendo, as grandes empresas aumentam a sua dependência do controle dos repasses de recursos públicos que estão na base da escalada das pressões inflacionárias, apesar da recessão, num fenômeno que tem sido denominado “estagflação”.

O capital imperialista tem se focado nos setores onde a lucratividade é maior, principalmente a especulação financeira (que tem se convertido em componente central dos lucros) e no setor de tecnologia. O valor de mercado combinado das empresas Facebook, Microsoft, Google, Netflix, Amazon e Apple passou de US$ 1 trilhão para US$ 9 trilhões, no contexto da retomada da crise que tinha se aberto em 2008.

A China na crise mundial

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A China ainda mantém um controle menor dos componentes centrais do mercado mundial, tais como a questão tecnológica, armamentos e a especulação financeira. Mas o esforço para expandir-se é acelerado. É a Lei da Reprodução Ampliada do Capital a todo vapor no contexto do aumento das contradições internas conforme o aumento da pressão do custo de vida impacta os preços das exportações, o aumento da robotização e da automatização da produção, a forte crise da especulação imobiliária, a tentativa desesperada de aumentar a participação na especulação financeira, o imperialismo torpedeando o “Novo Caminho da Seda” e ainda mais o “Made in China 2025”. Ainda há o aumento da guerra contra as empresas de ponta chinesas e a pressão militar no Mar do Sul da China e em Taiwan, principalmente.

A China tem conseguido manter os preços relativamente baixos, apesar dos aumentos especulativos das matérias primas, da energia e do transporte, o aumento dos salários tem sido controlado por meio da automação industrial. Devido ao papel da China no mercado manufatureiro mundial, aumenta a pressão sobre a composição orgânica do capital (capital fixo em relação à mão de obra), o que pressiona enormemente a obtenção de lucros.

A China tem instalado até o presente momento 800 mil bases de banda 5G e a projeção é dobrar até o próximo ano. Há cinco mil redes privadas 5G, inclusive em aplicações críticas como o Porto de Xangai, com a perspectiva de passarem para 50 mil no próximo ano. Nos Estados Unidos, essas redes ainda se encontram em caráter experimental.

Já há veículos públicos sem motoristas. O comércio eletrônico representa 50% do comércio na China e 14% nos Estados Unidos. 

A pressão sobre a América Latina

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O aumento das contradições intercapitalistas não implicam, mas pressupõem a existência de acordos. Por exemplo, os Estados Unidos aumentaram as importações da China em 25% na comparação com a situação pré-pandemia, para US$ 600 bilhões, o equivalente a um trimestre de produção manufatureira da indústria estadunidense.

A crise nos Estados Unidos escala com particular força. Apesar dos obscenos repasses de recursos públicos, o déficit nas contas correntes supera US$ 1 trilhão e o déficit do Orçamento Federal os 10% do PIB.

O imperialismo estadunidense tem buscado aumentar a espoliação da América Latina com o objetivo de salvar-se da própria crise. A carestia da vida, o desemprego e a inflação têm escalado em toda a região.

O imperialismo aliado das grandes burguesias locais tenta nos sugar até a última gota de sangue para eles se salvarem da própria crise.

Com esse objetivo colocam em pé “terceiras vias” aparentemente de “esquerda” (casos de El Salvador e Peru), direitizam os governos de “esquerda” aumentando a pressão em todos os níveis (casos México, Bolívia, Argentina), colocam contra as cordas os governos desafetos (casos Venezuela e Cuba principalmente) e direitizam ainda mais os governos de direita que já impuseram (casos do Brasil, Chile, Colômbia).

A saída para a crise tem a tendência a seguir dois canais. O canal do imperialismo, que implica na espoliação acelerada dos trabalhadores e dos povos latino-americanos, escalada da repressão e guerras. A saída para os trabalhadores e os povos latino-americanos só pode passar pela luta contra a política da burguesia e do imperialismo.

O papel dos revolucionários passa por justamente preparar-se para atuar no inevitável ascenso de massas que deverá acontecer no próximo período impulsionado pela crise capitalista.

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