As “terceiras vias” da “esquerda” e da extrema direita

As “terceiras vias” da “esquerda” e da extrema direita

O aperto do imperialismo sobre a América Latina está relacionado com o aprofundamento da maior crise capitalista de todos os tempos.

Neste contexto, a direitização e claro endurecimento do regime político tem sido a política oficial. O chamado “progressismo” foi apeado dos governos em quase todos os países. Onde ficou o fez em versões muito mais direitizadas, como é o caso da Bolívia, Peru e Argentina.

A partir de Bukele, na presidência de El Salvador, apareceu Pedro Castillo no Peru. Da mesma maneira, a partir de um esquerdista muito direitizado, na mesma linha do que aconteceu com Luis Arce na Bolívia ou com os Fernández na Argentina.

No Chile, despontou o Sr. Boric da Frenta Ampla, à frente de uma frente de “esquerda”, uma espécie de Psol brasileiro direitizado. Recentemente os parlamentares do Psol votaram em contra da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 5/2021 ajudando a manter o esquema atual da Operação Lava-Jato, com o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) continuando com as mãos livres para impor a impunidade dos procuradores e juízes.

Agora o imperialismo colocou em jogo uma extrema direita semi camuflada, dada a decadência de Bolsonaro, Iván Duque e Sebastián Piñera.

De Milei (Argentina) a Boric (Chile)

A Argentina conta hoje com mais de 42% (oficiais) de pobres que entre as crianças e os jovens atinge os 56%.

Perante a crise generalizada do regime político, aparece um “outsider” que supostamente correria por fora do kirchnerismo, do peronismo, da direita e das forças armadas: o economista/ jornalista Javier Milei.

Milei aparece no horário nobre dos principais canais de televisão como um “anti-sistema”, contra todos os corruptos de todos os partidos políticos.

Na realidade, Milei é empregado da Corporação América que tem obtido altos lucros em contratos com o Estado.

Milei também foi assessor de Antonio Bussi, um ex general e político que foi condenado por delitos de lesa humanidade na Província  de Tucumán.

Dentre os membros da campanha de Milei figuram Villaruel e Delfina Ezeiza que, da mesma maneira que o faz Bolsonaro com os “nossos” torturadores, reivindicam a Ditadura Militar. E nesse vale tudo, Milei negocia acordos com políticos tradicionais como Patricia Bulrich (ex ministra o Interior de Macri), para as eleições presidenciais que acontecerão em dois anos.

No Chile, aparece como favorito aos comícios presidenciais do 21 de novembro, o “socialista” hiper direitizado Gabriel Boric. Mas em paralelo avança a todo vapor José Antonio Kast que é filho de um ex oficial nazista e ex ministro de Pinochet, admirador declarado de Trump e Bolsonaro. Kast saudou a vitória de Milei nas “Passo”, as recentes eleições primárias argentinas.

Conforme avança a crise capitalista, o regime político tradicional tende a implodir e o endurecimento avançar. A saída para os trabalhadores e os povos só pode passar por fora dos canais institucionais e por fora da direção de qualquer setor da burguesia.

O nosso papel como revolucionários é organizar a luta dos trabalhadores e dos povos oprimidos. Devemos defender na prática as políticas que realmente podem mudar a situação da maioria.

Levante ! Organize-se! Lute!
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