O trabalho na educação no Brasil é um dos mais mal pagos do mundo e a infraestrutura é precária. Um professor é tratado com desrespeito até por alunos e por pessoas na comunidade até por causa do descaso da educação pública.
Os carrascos dos professores são os departamentos públicos em primeiríssimo lugar. Basta saber quando se vai à Secretaria de Educação do Estado ou do Município em busca de alguma informação, para requisitar algum documento, fazer um protocolo, etc., somos praticamente ignorados. O problema por trás disso está a política pública em todas as esferas de privatizar a educação; e é por isso que os governos a sucateiam de maneira intencional.
Nas campanhas eleitorais o discurso pronto, parece coisa de drogados, colocam a educação em primeiro lugar junto com a segurança e o saneamento básico, sabemos que as promessas não passam de meras formalidades quando não um deboche, para enganar a população. Mas de todas elas, a educação é onde o cinismo é o maior.
Os políticos que aí estão junto com as mídias burguesas, colocam a violência estatal e não a educação como prioridade, supostamente para acabar com a violência social na ponta dos cassetetes. Compare o salário de um oficial de polícia (com graduação na universidade) com o de um professor; aí teremos a verdade.
Agora que a crise do capitalismo chegou com tudo e ainda sob o disfarce da pandemia do Covid-19, o discurso de ódio contra os pobres se viralizou. Cadeia pra todo mundo! É a palavra de ordem; repressão, pau neles, bandido bom é bandido morto. Discursos de cidadãos corretos que fazem campanhas inflamadas contra o aborto pedem a pena de morte.
Nessa campanha, a educação vai sendo mostrada como algo até desnecessário. Apresentam empresários e jogadores de futebol ostentando condições de vida maravilhosas sem necessidade de escolas e de educadores.
As perseguições aos educadores só tendem a aumentar. Não existe nenhuma intenção de reintegrar os demitidos, nem por parte dos governos ou da Justiça, nem por parte das organizações sindicais.
Os parlamentares que se elegem com os votos da educação também não fazem nada de concreto para a reintegração dos perseguidos políticos ou para enfrentar principalmente o massacre promovido a partir do Governo Bolsonaro. Eles são especialistas em fazer firulas para manterem o curralzinho eleitoral. É dessa forma que vêm os trabalhadores que entregam o sangue para sobreviverem. Não podemos ter nenhuma confiança nessa gente que só querem carguinhos, viagens e privilégios.
Nós trabalhadores da educação devemos organizar a nossa luta com independência e autonomia. Devemos criar novas organizações que estejam no controle dos trabalhadores e sem os vícios pelegos do Sindicalismo de Estado.
A APEOESP não faz nada pelos professionais da educação!
EM DEFESA DA EDUCAÇÃO COM CONCURSO PÚBLICO IMEDIATAMENTE PARA ACABAR COM OS CONTRATOS TEMPORÁRIOS!
PELA ANISTIA GERAL E IRRESTRITA DE TODOS OS DEMITIDOS NA EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO!
