O Calendário de “luta” da Fentect e o PDI

Por Divino Alves, Assessor Jurídico de Gazeta Revolucionária

No dia 20 de fevereiro, Paulo Guedes colocou de maneira oficial a Reforma Administrativa (PEC 32) que acabará com todos os direitos dos funcionários públicos.

Depois da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores da ECT) ter deixado intencionalmente perder vários prazos jurídicos de processos importantes dos trabalhadores, agora apresenta um suposto “calendário de lutas” e ainda super distante, para o dia 23 de março.

No início de março, deverá ser colocada a PEC 32 no Congresso, a PEC 186 que rebaixará os salários dos servidores e a PEC 149 que privatiza os Correios.

A PEC 149 foi apoiada por todos os partidos políticos e a maioria da “Frente Parlamentar em Apoio aos Correios”.

A Fentect e a Findect (a federação abertamente patronal do PCdoB) atuam para ajudar no massacre do Brasil imposta pelo Governo Bolsonaro da mesma maneira que o fazem todas as principais direções dos sindicatos, centrais sindicais e os parlamentares dos partidos políticos.

A Fentect e a Findect ajudaram a roubar o Postalis. Por isso, eles são a favor da privatização para poderem ficar com parte do dinheiro que roubaram e se livrarem da cadeia em troca de ajudar a massacrar o Brasil.

Nos Correios, uma das políticas adotadas pelo Governo Bolsonaro para enfraquecer a luta, além de ter cooptado as direções, é o novo plano de demissão voluntária (PDI) ao qual já aderiram quase 13 mil trabalhadores. 

As duas federações sindicais, a associação que atua como federação (a ADCAP), os 36 sindicatos, a CUT, A Intersindical, a CTB e a Conlutas não tiraram um único encaminhamento para enfrentar esse PDI. Atuam exatamente da mesma maneira que o fazem nas demais empresas públicas colocadas no olho do furacão das privatizações. 

Na Petrobras, restam menos de 8% de trabalhadores concursados e toda a máfia sindical e dos partidos políticos seguem atuando como se nada estivesse acontecendo. Situações similares se repetem na Eletrobras, nos bancos públicos, nos professores da rede pública e na saúde pública, e em todo lugar.

O PDI dos Correios é o pior de toda a história. Provavelmente virão ainda mais PDIs e demissões, se não houver reação dos trabalhadores.

De acordo com a União Postal Universal, os Correios deviam ter 250 mil trabalhadores. Hoje restam 95 concursados, caindo rapidamente.

Enquanto isso os preços dos alimentos, da gasolina e do diesel dispararam, assim como tem acontecido com o desemprego.

O suposto “estado mínimo” o será para os serviços públicos porque a espoliação do povo brasileiro por meio do saque financeiro impõe o estado máximo para os grandes capitalistas, principalmente os dos grandes bancos.

Os partidos da “esquerda oficial” atuam como o faz da direita. É preciso impulsionar a luta a partir das bases.

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