No Brasil, temos a maior greve do Brasil desde 1995 e a maior na América Latina hoje. É a única resistência de massas contra o massacre imposto pelo Governo Bolsonaro contra a nação brasileira.

Como os Pelegos Fraudam as Eleições nos Sindicatos (cap.0 5)

Os convido a conhecer esta mafiosa história:

Caso eleições no Sintect-RJ de 2017

Em 2017, eu, Alejandro Acosta, participei pessoalmente, junto com outros companheiros, da eleição do Sintect-RJ. Todos os grupos da chamada oposição, menos um menor, se unificaram.

Eu elaborei um programa para a chapa unificada com reivindicações centrais  dos trabalhadores.

Foram realizadas várias reuniões na sede da Conlutas, cujo responsável era Heitor Fernandes, membro do PSTU e também diretor da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores da ECT).

A LPS (Luta Popular e Sindical ou Luta Pelo Socialismo) que controla o Sintect-MG (Sindicato dos Trabalhadores da ECT – MG) chegou a enviar mais de 40 pessoas para apoiar e até vários seguranças, dado que todos os mafiosos usam capangas para amedrontar os trabalhadores.

Para minha total surpresa e estupor, fui informado dois dias antes da eleição, que as urnas iriam dormir na sede do Sindicato, controladas pela Comissão Eleitoral (que é controlada por esses pelegos patronais da Findect) e uma horda de capangas.

Toda a “oposição” achou a operação normal. Ninguém denunciou nada. O trabalho na base foi tão abandonado que hoje essa “oposição” nem sequer consegue parar o Complexo Operacional de Benfica.

Em resumo, quem controla a Comissão Eleitoral e coloca mais capangas em cena, vence. E obviamente, os recursos veem dos caixas dos sindicatos e dos patrões.

Caso Sintect-DF 2011

Nas eleições para o Sintect-DF, encabeçou a chapa da situação, a Articulação Sindical do PT, com a então e atual presidente do Sindicato Amanda Corcino, conhecida como “Amanda Marmitex”. Na oposição, estiveram o MTC, também do PT, junto com o PSTU e a CUT.

Na noite anterior à eleição, numa reunião, ativistas da oposição lhe perguntaram a uma coordenadora do PT, sobre os fiscais de mesa. A resposta foi: -É comigo!

Para estupor de vários trabalhadores, foi descoberto que não haveria fiscais da oposição, dos vários partidos de esquerda.

Na noite da apuração de votos, não apareceram fiscais da oposição, com a exceção de um casal do PSTU, que esteve apenas durante algum tempo.

Foram apurados os votos em duas madrugadas. Mas onde ficaram as urnas?

NO SUBSOLO DO SINDICATO DOS BANCÁRIOS EM BRASÍLIA. Esse Sindicato é dirigido pelo mesmo grupo do PT, a Articulação Sindical, que controla a Fentect. NÃO FOI PERMITIDO FISCAL DA OPOSIÇÃO “DORMIR COM AS URNAS”.

E mais….

Segundo companheiros trabalhadores do TECA (Terminal de Cargas), as urnas chegaram depois dos turnos de expedientes. Em outros setores, nem urnas chegaram. Houve até filmagens de uma senhora rasurando cédulas de votos a favor da chapa de oposição, quando o sentimento da Categoria era de mudança.

Em CDDs onde trabalhavam ativistas da oposição, foram levantadas assinaturas comprovando que a chapa de oposição havia obtido muito mais votos dos que foram contabilizados. Por exemplo, no CDD onde trabalha o companheiro Rubinho foram contabilizados 23 votos, mas foram apurados apenas 8 votos.

Caso Sintect-MG, duas últimas eleições

Até 2013, o Sintect-MG realizou trabalho de base a nível nacional, com enfrentamentos fortes com os pelegos da Findect.

Em alguns casos, os enfrentamentos eram muito violentos, gansteris, com dezenas ou até centenas de capangas e brutamontes.

Depois do caso do ataque à manifestação promovida pela máfia sindical em 2012 na Praça da Sé, por meio de capangas a mando da Findect e da Polícia Militar, onde os mafiosos por pouco não mataram Alejandro Acosta, a Findect tentou formar uma oposição na base de Minas Gerais.

O Sintect-MG por meio de brutamontes conhecidos agrediu o principal representante da Findect em Minas Gerais, Luís Carlos Rodrigues, conhecido como Índio. Os golpes foram tão violentos que o Índio ficou desfigurado e perdeu mais da metade dos dentes. Ele veio falecer um pouco depois vítima de um AVC.

A “paz” mafiosa foi acordada a partir de 2014, entre as direções pelegas dos principais sindicatos no melhor estilo Don Corleone. A política do “cada um no próprio feudo” foi levada ao escândalo. E as direções menores se submeteram à vontade do novo cartel “majoritário” mafioso.

Em cima deste acordo, a Findect/ PCdoB e a Empresa não apresentaram nenhuma oposição ao Sintect-MG, o terceiro maior sindicato nos Correios, nas duas últimas eleições.

Essa política é no mínimo muito estranha, considerando que o Sintect-MG tinha sido o sindicato mais de luta da Categoria. Durante anos enviou dezenas de ativistas para organizar os trabalhadores nas bases mais pelegas, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

Por que a Empresa e o Governo não iriam pelo menos tentar com o poder que eles têm, controlar o terceiro sindicato dos trabalhadores dos Correios do Brasil?

A aliança do cartel mafioso foi consolidado com a participação do líder histórico do Sintect-MG, Pedro Paulo de Abreu Pinheiro, o PP, em vários congressos da Fentect em Brasília em 2017,que ele mesmo organizou junto com o máximo representante da máfia da Articulação Sindical do PT, o Sr. José Rivaldo, vulgo Talibã, com o objetivo de quebrar e isolar o trabalho da Gazeta Revolucionária, que recentemente tinha, na prática, sido expulsa da LPS por não concordar e expor publicamente a roubalheira dos caixas dos dois sindicatos controlados pela LPS.

José Rivaldo, vulgo Talibã

Foram quebrados dezenas de ativistas e militantes que estavam em processo inicial de formação pelos métodos calhordas conhecidos da máfia sindical: compras, ameaças de vários tipos, cooptação, liberações, sexo, pequenas regalias.

Agora com a gravidade da situação atual, temos uma luta de vida ou morte pelos empregos e o futuro das nossas famílias.

Gazeta Revolucionária fará tudo o que deve ser feito para organizar a luta dos trabalhadores, com independência do Governo e da máfia sindical, e na defesa da nação brasileira do massacre.

Pará

Durante os governos Lula, muitas lideranças foram cooptadas para cargos de chefia e os sindicatos ficaram sob o controle do “baixo clero”. Depois tentaram voltar, mas já estavam muito desmoralizados porque tinham perseguido os trabalhadores.

Com isso, se criou um clima na base contra a política, afastamento da luta e até com baixa moral para lutar.

No Sincorp-PA, Israel (presidente) é um evangélico, que fala bem, chega no setor paga as coisas para as pessoas, Tadeu (vice-presidente) mais velho, malandro, boa praça, mas sempre vendido. Esse grupo existe na direção há 20 anos; o baixo clero há 10 anos.

Para se manter no poder, eles são capazes de tudo. Se vender para a Empresa, eleições fraudadas e cheias de capangas, pagar ao trabalhador algumas contas. Pegar os recursos dos trabalhadores para uso próprio.

A última alteração de estatutos foi realizada num horário de pico para que os trabalhadores não pudessem participar; foi há seis anos. Por exemplo, foi ampliado o prazo da diretoria, o tempo de filiação para poder participar; aumentaram o número de pessoas necessárias para compor uma chapa.

Fizeram uma subsede em Santarem para dificultar o translado da oposição; para chegar lá desde Belém é quase quatro dias de carro ou um dia de barco. O mesmo fizeram em Itaituvas, Altamira e Marajó.

Há um processo de votação onde se vota diretamente e por correspondência. Aí há ainda mais malandragem. Nessas cidades, o processo eleitoral acaba ficando nas mãos de gerentes da Empresa, de agências e de CDD, que participam da fraude.

Nas últimas eleições, os grupos de oposição, como a Intersindical, a Conlutas e a LPS de Minas Gerais, fizeram algumas firulas. Mas como sempre, vence quem tem o controle da Comissão Eleitoral, protegida por capangas. Vence a política mafiosa do cada um no próprio feudo.

Usam a Justiça a favor deles:

  • Nos processos de mudança do Postal Saúde e do sistema de Previdência, não houve qualquer reação. A Articulação Sindical apoiou durante os governos do PT
  • Nas greves, a Empresa obriga os trabalhadores a pagar greve por meio de um banco de horas.
  • No Pará, o Sindicato administra a associação Arco, ligada à Empresa. Os trabalhadores ficam com os dois pés atrás.

As greves são forçadas. Por eles, nem greve fariam. Para o combate, eles não vão; muito dificilmente organizam a paralisação da produção

As greves são levantadas na maior cara de pau sempre; manipulando as votações.

Neste período eleitoral, ficamos sabendo que o presidente e o vice presidente são ambos candidatos a vereador. E se houver alguma punição contra os trabalhadores, eles não serão punidos, porque estão protegidos pela lei eleitoral. Eles estão por fora do processo de luta dos trabalhadores.

Eleições de 2020 – Goiás, Bahia e São Paulo

Acordões pelegos similares acontecem nas eleições dos demais sindicatos do Brasil sob “a pax de Don Corleone”.

As duas eleições que aconteceram neste ano, em Goiás e na Bahia, foram realizadas praticamente às escondidas. Sobre estes casos daria para escrever uma enciclopédia.

Sobre o caso da máfia corrupta que controla o Sindicato de São Paulo ainda pior. O Sintect-SP é o sindicato que se encontra eternamente com as eleições sob judice, mas que a “justiça” sempre está disposta a passar a mãozinha na cabeça.

O Sintect-SP, desde o golpe de 2004 é o principal sindicato da Findect, a federação usada pela Empresa e pelo Governo Bolsonaro para quebrar a maior greve da América Latina apesar de nem sequer ter carta sindical por não atingir os requisitos para tal. Mas estamos no maravilhoso mundo da verdadeira corrupção … onde as vítimas sempre são os trabalhadores.

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