As passeatas contra Bolsonaro de 19 de junho (Fotos)

As passeatas contra Bolsonaro de 19 de junho (Fotos)

As passeatas do dia 19 de junho contra o Governo Bolsonaro lotaram as ruas das principais cidades brasileiras. Teriam sido mais de 300 cidades, cem a mais que as dia 29 de maio.

Os principais figurões da “esquerda” oficial não apareceram, pois a preocupação deles não é com luta alguma, mas com os carguinhos que poderão obter nas eleições de 2022 enquanto o Brasil continua sendo massacrado. A alta burocracia sindical e dos movimentos sociais também desapareceram da cena.

O esforço de contenção buscou limitar as bandeiras de luta ao “Fora Bolsonaro”, Vacinas Já e Auxílio Emergencial de R$ 600.

As categorias profissionais estiveram ausentes, nem sequer das categorias que se encontram no olho das demissões por causa das privatizações.

A novidade é a aparição de grupos de jovens independentes.

A política da burguesia com os atos contra Bolsonaro tem sido descomprimir o enorme descontentamento social e direciona-lo gradualmente para as eleições de 2022, no contexto do levante na Colômbia, o estado narcoparamilitar que o imperialismo impõe como modelo para o Brasil.

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Lula justificou a sua não participação nos atos porque supostamente não queria transformar atos políticos em atos eleitorais.

Os demais figurões da “esquerda” oficial, que mais parece uma direita, também não participaram porque estão de olho nas eleições de 2022, nas alianças com todo tipo de direitista inimigo do povo brasileiro.

O mote seria supostamente enfrentar Bolsonaro. Na realidade, a totalidade dos direitistas participam do Governo Bolsonaro e junto com a “esquerda” oficial, ajudam a aplicar as políticas do Governo Bolsonaro para massacrar o Brasil em benefício dos grandes capitalistas, principalmente dos capitalistas estrangeiros. 

Lula “esqueceu-se” da Carta ao Partido que enviou desde a prisão onde conclamava à direção do PT e às direções do movimento de massas a mobilizar a população às ruas para “derrubar o governo golpista de Bolsonaro”. Ele se transformou num importante militante do Grupo de Puebla, teleguiado pelo Governo Biden.

A ida de Marcelo Freixo (Psol/ RJ) e de Flavio Dino (PCdoB) ao PSB é fruto da pressão da burguesia para consolidar o controle do regime a partir de poucos partidos políticos. Um dos pilares dessa política é fortalecer a “frente ampla” onde caibam todo tipo de inimigo do Brasil.

Os atos nas ruas

Em São Paulo, aconteceu o maior ato com mais de 50 mil manifestantes.

A Avenida Paulista foi tomada nos dois sentidos em nove quarteirões. O ato finalizou na Praça Roosevelt.

Todos os partidos da “esquerda” oficial estiveram presentes, desde o PT até o PSOL, passando pelo PCO, PSTU, PCdoB, UP (Unidade Popular) e outros agrupamentos menores, mas com escassa presença.

O PSOL se juntou com um micro carro de som próximo à Praça do Ciclista. A UP também tinha um carro de som na frente da FIESP (Federação das Industrias do Estado de São Paulo). Nem sequer buscaram algum tipo de acordo para fortalecer a manifestação; a separação por grupo ou partido evidente.

A alta direção teve presença tímida. Apareceram em São Paulo o ex prefeito Fernando Haddad (PT), o ex candidato presidencial Guilherme Boulos (Psol) e o deputado federal Orlando Silva (PCdoB).

Não estiveram presentes Lula nem a alta cúpula da burocracia sindical.

Uma boa parte das falas veio das direções burocratizadas de movimentos sociais, como a UNE (União Nacional dos Estudantes) e do Povo Sem Medo.

Pequenos grupos do MTST (Movimento dos Sem Teto) e do MST (Movimento dos Trabalhadores sem Terra) sumiram na multidão.

As reivindicações no geral foram direcionadas para as 500 mortes provocadas pelo Covid, o auxílio social de R$ 600 e as vacinas.

Muito pouco se falou sobre o massacre do Brasil promovido pelo Governo Bolsonaro, as privatizações a troco de nada, as demissões em massa, a recessão, a carestia da vida, o brutal sucateamento da saúde e da educação públicas.

Notável também a quantidade de pessoas individual, jovens provavelmente estudantes. 

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