Adorar grandes revolucionários ou aplicar na prática a política revolucionária?

Publicação original em: PCPB

Muitos grupos da esquerda levantam a figuras de grandes personalidades que atuaram no movimento revolucionário ao longo da história, como o eixo principal para a atuação na situação política atual.

Na prática, seria o que? Reconhecer religiosamente que Stalin foi um grande revolucionário, ou León Trotsky, ou Mao Tse Tung ou Ho Chi Minh etc. E supostamente essa seria a maneira para construir um partido de trabalhadores.

Quem tem experiência na militância do movimento de massas sabe que os trabalhadores têm alergia a esse tipo de política pequeno burguesa. Eles já têm uma certa desconfiança dos estudantes e professores, precisamente por causa desse hippismo pequeno burguês que acha que o que eles pensam seria a realidade. 

Os trabalhadores, principalmente os dos setores de ponta buscam soluções concretas aos problemas concretos. E se os revolucionários não tiverem essa consideração muito presente ao elaborar as políticas muito dificilmente irão recrutar um único trabalhador para a causa revolucionária.

A partir da política concreta, ainda aplicada na prática com sucesso, os revolucionários poderão avançar nas questões da política revolucionária, porque terão ganhado a confiança dos trabalhadores, o que somente pode acontecer num processo de luta encarniçado contra o capital, a polícia, as burocracias, a “esquerda” oficial contrarrevolucionária, a “justiça” etc.

Qual é a tarefa urgente dos revolucionários?

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Neste momento, uma das peculiaridades fundamentais da situação política atual é que as organizações dos trabalhadores estão tomadas por pequeno burgueses oportunistas e corruptos. Mas a contra partida é que esses partidos nunca foram tão fracos como hoje; se encontram totalmente integrados ao sistema e não têm militantes no movimento operário. Essa situação é a primeira vez que acontece desde o movimento dos Cartistas, que atuaram na década de 1820. Isso é um problema e ao mesmo tempo abre uma avenida de oportunidades para os revolucionários.

A maioria das agrupações de esquerda nem sequer é capaz de enxergam os dois lados da moeda porque não conseguem pensar de maneira dialética devido à enorme pressão pequeno burguesa.

A “esquerda” oficial corrupta, junto com as máfias sindicais e dos movimentos sociais, representam o segundo principal mecanismo de contenção das lutas, após a ditadura do capital, e não têm como resistir um ascenso importante das lutas. Outros oportunistas poderão surgir, mas especificamente estes se encontram em fase terminal, como produto da sua própria formação a partir da escalada do “neoliberalismo”.

A aplicação da política revolucionária hoje passa por levantar as bandeiras revolucionárias e lutar efetivamente por elas, longe dos “ismos”.

Devemos lutar por um governo de trabalhadores como saída para a crise. E para acumular forças nesse sentido precisamos levantar bandeiras transitórias como o cancelamento da dívida pública, a reversão das privatizações, a realização de um grande programa de obras públicas para acabar com o desemprego, a alocação de 15% do PIB para a saúde pública e outro 15% para a educação pública, a proibição de qualquer atividade relacionada com a especulação financeira, a revolução agrária e o rompimento com todas as imposições do imperialismo.

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