No dia 11 de junho de 2021, o Deputado Federal pelo Psol (Partido Socialismo e Liberdade) anunciou a sua saída do Psol e ingresso ao PSB (Partido Socialista Brasileiro).
Freixo tinha sido um dos principais caciques do Psol desde 2005, um ano após a sua fundação. Ele teve muito destaque na sua atuação parlamentar no Rio de Janeiro, onde se destacou por sua proximidade com o delegado José Beltrame, Secretário de Segurança e um dos impulsionadores das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadoras) implantadas principalmente nas favelas cariocas para conter eventuais revoltas, seguindo a experiência adquirida com a ocupação do Haiti, política que Freixo abraçou com força.
As amarrações de Marcelo Freixo com a direita foram desvendadas com particular exposição por Romulus Maia no artigo “Cui bono (finalmente). Quem matou Marielle Franco? E por quê?”
Nesta matéria (clique aqui), ficam claras as manobras realizadas pelo Exército Brasileiro, a mando do imperialismo norte-americano e dos grandes capitalistas, para militarizar as favelas cariocas, impor a fusão entre o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o CV (Comando Vermelho) para integrar o tráfico de drogas diretamente ao controle do estado brasileiro, em conluio com o imperialismo (por meio da DEA, CIA e outras agências)e, por tabela, criar um estado de comoção nacional a partir do assassinato de Marielle Franco (até então desconhecida) que “por coincidência” permitiu a “façanha” de que o Psol conseguisse superar a cláusula de barreiras. Essa “façanha” nem sequer o PCdoB, que governa o estado de Maranhão, o conseguiu fazer.
Essas gravíssimas acusações, sustentadas por muitas informações e detalhes, nunca foram respondidas pelo Psol. Não somente por Marcelo Freixo, mas também por nenhum outro dos “caciques” deputados, nem sequer os que têm participado dos programas do Duplo Expresso, como o atual pré candidato à presidência da República pelo Psol, o Deputado Federal Glauber Braga, ou Nildo Ouriques.
Derrotar Bolsonaro e o Bolsonarismo?
Marcelo Freixo justificou a sua ida ao PSB com as desculpinhas esfarrapadas de que estaria buscando derrotar (eleitoralmente) Bolsonaro e o Bolsonarismo.
A mesma política, mais conhecida como “frente ampla”, está sendo aplicada por toda a “esquerda” oficial que nos últimos quatro anos nem sequer teve a “decência” de convocar um único protesto, ou mesmo de organizar uma única greve importante, enquanto o Brasil tem sido massacrado.
A manobra de Freixo tem como objetivo formar uma “frente ampla” com o PT de Lula, Rodrigo Maia e outros direitista em 2022.
O PCdoB de Flávio Dino também articula a incorporação ao PSB.
No caso do Psol, uma parte quer se integrar ao PT e a outra impulsionar a candidatura de Glauber Braga. Mas, perante a perspectiva de perder a legalidade o que esse grupos irão fazer? considerando que eles só sabem correr atrás de carguinhos no estado burguês ou da mão dos patrões.
Em 2022 serão necessários pelo menos 2% dos votos válidos em um terço dos estados ou 11 deputados federais em nove estados. Em 2026, serão 2,5% dos votos válidos e em 2030, 3%.
À pressão da reforma eleitoral de 2018, se lhe soma a “denúncia” que o próprio Dep. Glauber Braga ventilou ao Duplo Expresso em 2020: funciona um esquema no Congresso e quem não deixar passar o massacre do Brasil irá em cana em cima de dossiês elaborados pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional).
A “esquerda” oficial brasileira tem sido colocada para dançar conforme a política dos grandes capitalistas e do imperialismo.
Nas eleições de 2018, essa “esquerda” (que atua como uma direita) teve como papel legalizar a vitória do Bolsonarismo no que foi a maior fraude eleitoral desde 1925.
Nas eleições de 2020, a validação do Bolsonarismo continuou com força enquanto o massacre continuou passando com intensidade.
Com a vitória de Biden/ Kamala nos Estados Unidos o Governo Bolsonaro, que supostamente estava prestes a cair, foi fortalecido e ainda passou a resumir todo o regime político desde a extrema direita até a suposta “esquerda” oficial.
Na realidade, não há nenhuma luta contra o bolsonarismo realizado pela esquerda oficial, mas a integração total ao bolsonarismo e à política de massacre do Brasil.
O próprio Lula agora foi convertido numa mascota domesticada do governo Biden/ Kamala por meio do Grupo de Puebla.
A saída para a crise do povo brasileiro evidentemente passa longe dessas manobras eleitorais de gente que atua como inimigos dos trabalhadores e do Brasil.
A saída para os trabalhadores e o povo passa por levantar bandeiras de luta contra o massacre do Brasil e por um chamado ao levante contra esse regime explorador e genocida.