Por Marcos Lima
No dia 22 de julho de 2018, ao discursar na Convenção do PSL que lançou a candidatura de Jair Bolsonaro, o General Augusto Heleno para ironizar cantou “Se gritar pega Centrão, não fica um meu irmão”, parodiando o samba conhecido dos brasileiros.
Eles queriam se mostrar como aqueles que odiavam a velha política do toma-lá-da-cá. Pura demagogia.
Prenderam o Lula, fraudaram até mais não poder e ganharam a eleição na mão grande. Muitos brasileiros se entusiasmaram com os novos sujeitos que tomavam a cena política (mentira também), apesar de Bolsonaro e toda a família já estarem há décadas na política.
Também disseram que eram a favor da Operação da Lava Jato para limpar o Brasil e colocar os “petralhas” na cadeia.
Quase uma mentira
Quando a Operação Lava Jato se aproximou de alguns de seus amigos, o presidente disse que a corrupção havia acabado no Brasil e pronto, deveria ser fechada.
A farsa continuou quando o Centrão, cada vez mais fortalecido pela destruição causada aos partidos e as empresas brasileiras pela Operação Lava Jato, deu as caras para Bolsonaro, Mourão e o General Heleno deram o Banco do Nordeste para Valdemar da Costa Neto (PL); Marcelo Lopes da Ponte do Partido Progressista ficou com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação; a Funasa está com o PSD, de Gilberto Kassab, e o Republicanos (ligado à Igreja Universal) nomeou o novo secretário nacional de mobilidade do Ministério de Desenvolvimento Regional.
Esta semana, o governo Bolsonaro/Mourão liberou mais de 3 bilhões para projetos de deputados e senadores, para elegerem os presidentes das duas câmaras e manter apoio ao seu governo, impedir os pedidos de impeachment e quem sabe a reeleição em 2022.
A (ex)querda brasileira se uniu ao Centrão e apoia Baleia Rossi para a Câmara dos Deputados e Rodrigo Pacheco no Senado. Enfim, Bolsonaro, apesar do enorme desgaste é um vitorioso graças ao Centrão. E viva a velha política brasileira!
Vão entregar o Brasil a preço de banana sem explicações e sem lamentos.