ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2020 (SEGUNDO TURNO)
NEM "ESQUERDA" E NEM DIREITA, SE NÃO A GRANDE SURPRESA!

Eleições municipais 2020: Quem foram os grandes campeões?

Analises eleições municipais

O grande vencedor foi o Abstencionismo”

Os seguidores de Trump sofreram dura derrota

Os seguidores do grupo ligado diretamente a Jair Bolsonaro sofreram dura derrota.

Dos 59 candidatos para os quais Bolsonaro fez campanha, somente foram eleitos 10 deles.

O PSL, o ex partido de Bolsonaro, teve uma votação pífia.

Wilson Witzel arrasou, qual um furacão as eleições de 2018 no Rio de Janeiro. Tentou seguir voos próprios. E agora acabou se desintegrando perante a pressão da nova onda dos senhores da guerra norte-americanos.

O Partido Novo está quase esfarelado a partir dos rios de dinheiro que tem recebido dos empresários. Roberto Zema, o governador de Minas Gerais, e manteve à margem das eleições municipais.

A candidatura do Bolsonarista Celso Russomano (Republicanos) derreteu em São Paulo.

Dentre a extrema direita, o agrupamento que conseguiu crescer foi o MBL, principalmente na Cidade de São Paulo, com três vereadores e o aumento do controle do Patriotas. Isso lhe ajudou a minimizar o impacto da derrota em Porto Alegre, onde o prefeito Nelson Marchezan, do PSDB, mas ligado ao MBL, não passou para o segundo turno.

Os políticos mais alinhados com Biden/ Kamala vencem

Os políticos do centro do regime foram os grande vencedores, como espelho do que aconteceu nas eleições norte-americanas. A política geral do imperialismo é imposta agora com mais cosmética, mas de maneira muito mais agressiva. Na base, está a volta do arcabouço que tinha ficado adormecido após o final da Ditadura Militar e que nos governos do PT, o PT Jurídico começou a fazer acordar.

A política oficial continua em pé. Os vencedores, a partir dos municípios terão como principal tarefa ajudar a massacrar o Brasil.

Os políticos vencedores agora são controlados por meio de uma nova realidade, imposta pela Operação Lava Jato, a “justiça”, os generais e os vários componentes do atual Governo Bolsonaro, que atua em benefício dos grandes capitalistas.

Os partidos mais votados foram o PSD, DEM, MDB e PSDB, mas agora muito mais controlados que até 2018.

Apareceram novas importantes lideranças da direita muito mais domesticadas, como o presidente do DEM, ACM Neto que elegeu o prefeito de Salvador com boa votação. Ele contou com o apoio do grupo ligado a Ciro Gomes do PDT.

No PSD, o destaque é Kalil, o prefeito de Belo Horizonte, que migrou do PHS e se alinhou com a política do Partido Democrata norte-americano.

No PSDB, como novo chefe que desafia João Dória Jr., desponta Bruno Covas, principalmente com a vitória na Cidade de São Paulo.

No MDB, desponta Eduardo Paes, no Rio de Janeiro, a partir de uma aliança com o PSDB.

O regime político avança rumo a poucos partidos controlados pelo núcleo mais organizado da burguesia, os generais, a grande imprensa, a alta burocracia, as associações de grandes empresários, sob o guarda-chuvas do imperialismo norte-americano.

O movimento proto fascista encabeçado por Bolsonaro teve vida curta nas ruas. Assim que chegou ao governo começou a ser enfraquecido, tal como sempre acontece com todo movimento de massas de extrema direita.

Para chegar a esses resultados os partidos políticos precisaram participar de uma orgia generalizada nas coligações.

Os partidos da “esquerda” se aliaram com a extrema direita.

De acordo com os dados do TSE, o PT fez as seguintes coligações:

140 cidades com o PSL de Bolsonaro;

302 cidades o DEM de Rodrigo Maia;

333 cidades com o PP (sucedâneo da ARENA) de Maluf e Amin;

314 cidades com o PSDB de Dória, FHC e Alckim;

606 cidades com o MDB de Temer;

193 cidades com o PSC de Wilson Witzel; e

48 cidades com o PRTB de Hamilton Mourão.

O PCdoB

70 cidades com o PSL de Bolsonaro;

169 cidades com o DEM de Rodrigo Maia;

224 cidades com o PP (ex-ARENA) de Maluf e Amin;

214 cidades com o PSD de Kassab;

194 cidades com o MDB de Temer;

153 cidades com o PSDB de Dória, FHC e Alckim;

151 cidades com o Republicanos de Crivella e Russomano;

124 com o PTB de Roberto Jeferson;

O PSOL recebeu dinheiro até de Armínio Fraga. Marcelo Freixo ameaçou abandonar o PSOL se houvesse alguma punição.

A “esquerda” hoje BIDENista foi domesticada, via PSOL

O PSOL teve um salto de 2 prefeituras pra 5.
O PT uma queda de 254 pra 189.
O PCdoB uma queda de 81 pra 46.
O PSB uma queda de 407 pra 251.

O PT foi massacrado em São Bernardo do Campo, o berço do movimento metalúrgico, também em Macaé, capital nacional do petróleo, onde se concentra um dos maiores sindicatos da CUT, a FUP (Federação Única dos Petroleiros). E teve a pior votação da sua história na Cidade de São Paulo

O PT, o PDT e o PSB foram os principais derrotados. Ou mais especificamente os que tiveram os poderes dos seus respectivos caciques, Lula e Ciro Gomes, serem reduzidos.

Enquanto isso, o PSOL desde 2016, só cresce no Rio de Janeiro, fortalecendo o elemento mais direitista do PSOL, Marcelo Freixo. Disputará também a Prefeitura de Belém do Pará, Edimilson Rodrigues à frente de uma “amplíssima” coligação prometendo fazer uma administração local tão ou mais direitista que as anteriores.

Na Cidade de São Paulo, foram eleitas duas pessoas transgêneras, uma vereadora travesti, vários mandatos coletivos e um número importante de negros. É a vitória da maquiagem da “democracia” identitária, nos novos tempos dos senhores da guerra do Partido Democrata, enquanto o Brasil é massacrado.

Guilherme Boulos apareceu como o novo queridinho da burguesia em São Paulo, como um dos novos representantes da “esquerda” consentida e BIDENista. Mais agora, com a ultra moderação até no discurso.

O PT foi enfraquecido, mas não descartado. Ainda mais considerando que agora se encontra sob controle de uma direita, a Mensagem ao Partido. Ele continua como base da direita em prefeituras importantes, como a de São Paulo.

A burguesia está fortalecendo a criação de um novo MDB da Ditadura, totalmente domesticado na forma de Frente Ampla e com vários pilares concorrentes entre si, para melhor domina-la: PT, PCdoB, PDT, PSOL; os satélites incorporados

O PSB foi um dos partidos que mais se enfraqueceu; está se dividindo entre a política da Frente Ampla e a do direitista Cidadania (ex PPS, ex PCB).

A visão da “esquerda” BIDENista é meramente eleitoral e de incorporação total ao regime golpista em marcha, rumo ao massacre do Brasil, com ditaduras cada vez mais pinochetistas, e a uma grande guerra.

As candidaturas que Lula apoiou diretamente não foram eleitas, como por exemplo aconteceu com Benedita da Silva, no Rio de Janeiro, ou com Luizianne Lins em Fortaleza.

Por enquanto, a burguesia deixa Lula como carta na manga. Os instrumentos preferenciais para massacrar o Brasil não são a “política Lula” já que implica em altos gastos para manter o controle dos sindicalistas e dos movimentos sociais. Agora a política preferencial é massacrar o povo brasileiro, embora mantenha um leve verniz (cada vez mais leve) democrático.

A derrota dos candidatos da máfia sindical

A derrota dos candidatos da máfia sindical expressa a política da burguesia de acabar com os sindicatos, seguindo o modelo dos Estados Unidos, onde há 8% de sindicalizados, 4% na manufatura.

Ao mesmo tempo, expressa o repúdio dos trabalhadores contra o entreguismo e traições generalizadas das direções sindicais e dos movimentos sociais. Conforme o ventilou o Deputado Glauber Braga (PSOL/ RJ), todas as direções se encontram penduradas em dossiês pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional) do Governo Bolsonaro.

O circo do segundo turno das eleições municipais

A política da burguesia é impor a vitória da direita em todas as principais cidades do Brasil.

O massacre deve continuar com o Governo Bolsonaro no massacre a partir do Governo Federal coordenado com a direita no massacre estadual e municipal.

As eleições de 2022, de continuar as condições atuais, irão impor mais um empurrão à direita e ao massacre generalizado, rumo ao pinochetismo e a uma guerra de grandes proporções.

Fraude Eleitoral!

O dono do Grupo Positivo, Orivisto Guimarães, é atual senador pelo Estado do Paraná e um dos que “misteriosamente” disparou em 2018, e em quatro dias, passou do quarto lugar a ser eleito em primeiro lugar, enquanto o Senador Roberto Requião que estava 30 pontos à frente, também “misteriosamente”, caiu para o terceiro lugar.

Ele e o Exército fecharam acordo para a formação de oficiais pela Universidade Positivo, em 2017.

Desde 2019, em acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o Exército Brasileiro é o avalista da segurança das urnas eletrônicas, com código não auditável e sem impressão dos votos, impedindo a recontagem independente.

Em 2020, o Grupo Positivo, de Orivisto Guimarães, ganhou a licitação do TSE para fabricar as urnas eletrônicas para as eleições presidenciais de 2022. Ver https://twitter.com/romulusmaya/status/1326498778476634112?s=21

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