Uma grande guerra à espreita na Ucrânia

Uma grande guerra à espreita na Ucrânia

A crise escalou na Ucrânia nos últimos dias. Depois de ter aumentado a pressão sobre a Criméia, agora é a vez da escalada contra o Donbass.

O imperialismo norte-americano, por meio da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), está atuando abertamente na Ucrânia, com preparativos militares.

Chama a atenção que além dos norte-americanos e europeus, também estão muito ativos os turcos, em preparativos de guerra tanto nas fronteiras com o Donbass como com a Crimeia.

Nos últimos meses, a tensão tem sido constante. E não somente tem sido uma tensão retórica, mas tem acontecido combates rotineiros.

Para meados do mês de março estava preparada uma grande ofensiva pelo governo da Ucrânia, mas que não conseguiu concretizar-se devido à baixa preparação e à alta probabilidade de uma derrota; por esse motivo, foi vetada pelo Alto Comando do Exército.

Uma nova data da agressão militar está estimada para o final deste mês.

É em meio a esta crise que aconteceram as revoltas dos grupos neo-nazistas em Kiev no dia 20 de março.

O governo da Rússia, por sua parte, tem convertido a Península da Crimeia numa fortaleza, protegida por armamento de última geração, que não será nada fácil de tomar.

No Donbass, a movimentação e o estado de alerta é alto. Além do fortalecimento do sistema de mísseis e do envio de veículos com metralhadoras, o comando sul do Exército da Rússia se encontra em alerta máximo.

As “linhas vermelhas”

Para o governo russo, a questão do Donbass e da Crimeia representa uma linha vermelha porque se trata de um problema crítico de segurança nacional. A derrota implicaria em que a Ucrânia poderia passar a fazer parte da OTAN e da União Europeia o que colocaria os mísseis imperialistas a 400 quilômetros de Moscou.

O governo russo tem prestado muita ajuda ao Donbass desde 2014. Mas deve ficar claro que os objetivos se relacionam estreitamente com os seus interesses. Desde 2014, os serviços russos foram enquadrando as milícias que tinham se formado e, misteriosamente, foram sendo mortos em atentados, os líderes das milícias que não se enquadravam nos propósitos dos russos.

Hoje dos comitês de trabalhadores das minas e das fábricas, assim como das milícias iniciais, não resta nada. O controle do governo russo é total.

Para o governo Biden, a escala da guerra representa uma questão de sobrevivência do controle do mercado mundial. Por uma parte, porque o imperialismo precisa conter o expansionismo da China aliada da Rússia. Por outra parte, porque o imperialismo precisa desviar a escalada da crise.

O que fazer com os quadrilhões de capitais fictícios que crescem qual uma bola de neve?

As saídas para a crise

As alianças e contra-alianças dos países capitalistas têm se tornado muito contraditórias até porque o objetivo central é o salve-se quem puder da crise.

É evidente que a única “saída” capitalista para a crise só pode ser o que tem sido desde o início do século passado, uma guerra importante, que permita militarizar as  sociedades e escalar as medidas emergenciais para aprofundar a política de nos converter em párias.

A distração da crise e os repasses obscenos de recursos para os capitalistas não poderão ser disfarçados de “pandemia” por muito tempo, apesar dos fortes ataques contra os trabalhadores que têm realizado sob a cortina da pandemia. É preciso de uma política ainda mais forte, que é justamente o fascismo, as ditaduras e as guerras.

As guerras contrarrevolucionárias andam de mãos dadas com a revolução. E vice-versa. E justamente sob essa base que os revolucionários devemos nos organizar e preparar para dirigir a luta de massas, em condições que inicialmente serão pouco favoráveis.

Mas a crise do capitalismo aumenta e avança rumo a um enfrentamento aberto no próximo período, entre a burguesia mundial e os trabalhadores.

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