Como a esquerda oficial ajudou a impor o Governo Bolsonaro?
Em 2017, a pressão pelo “Fora Temer” era grande. Em março de 2017, explodiram manifestações. O Dia Internacional da Mulher e o protesto dos professores do dia 15 foram gigantescos, e levaram à “paralisação geral” do dia 31.
Como o Governo Temer se manteve e o Governo Bolsonaro subiu? Qual foi o papel da “esquerda” oficial?
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As máfias dos sindicatos, centrais sindicais, movimentos sociais e partidos políticos começaram a ser ultrapassadas. Por isso, marcaram uma nova “greve” geral para o 28 de abril, uma sexta-feira véspera de feriadão, e outra para o 30 de junho, outra sexta-feira, que ainda foi importante.
A próxima foi marcada para o dia 5 de dezembro de 2017 e foi cancelada em conluio com o Governo Temer que adiou a votação da Reforma da Previdência.
A partir daí veio o abandono de qualquer luta e o foco total nas eleições.
A “Mensagem ao Partido” passou a controlar o PT, com vínculos com a Operação Lava Jato, o Ministério Público e o imperialismo. É liderada por Tarso Genro, Fernando Haddad, José Eduardo Cardozo, Aloízio Mercadante, Dilma Rousseff, Paulo Teixeira, Paulo Pimenta, Wadih Damous e outros.
Eles pressionaram Lula para que se entrega-se à Polícia Federal num sábado, sem mesmo esperar pela resolução do Supremo Tribunal Federal (STF) que sairia na quarta-feira.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), antes de julgar a Candidatura Lula, que contava com o aval das Nações Unidas, aprovou Haddad como vice … para evitar outro vice.
Em 11 de setembro de 2018, foi imposta a candidatura de Fernando Haddad … antes do prazo.
A “esquerda” oficial legalizou a imposição fraudulenta do Bolsonarismo nas eleições de 2018.
- A campanha eleitoral oficial foi relâmpago. A da grande imprensa tinha começado seis meses antes.
- O Comitê Brasileiro de Segurança da Tecnologia da Informação constatou fraude nas urnas eletrônicas. Em dias, candidatos ao Senado (como Roberto Requião e Dilma Rousseff) que estavam dezenas de pontos à frente, não foram eleitos. Desconhecidos dispararam do quarto para o primeiro lugar e se tornaram governadores no Rio de Janeiro e Minas Gerais.
- A “luta contra a corrupção” da Operação Lava Jato e a grande imprensa escolheu quem era corrupto.
- O Supremo Tribunal Federal (STF) foi controlado por um general interventor.
- O Estados Unidos atuaram a partir da Embaixada, do Departamento de Estado, dos organismos de inteligência, das ONGs e de uma legião de pastores evangélicos.
- A campanha de Bolsonaro usou abertamente o caixa 2, como no caso das chamadas fake news. Ninguém foi preso.
- A facada fake em Bolsonaro justificou a não participação nos debates.
- Os generais apoiaram Jair Bolsonaro nos quarteis. Ameaçaram com um golpe militar se Lula fosse liberado ou se Bolsonaro não vencesse. Hoje ocupam mais cargos no Governo que na Ditadura Militar.
- Candidatos do PT e da direita de centro não puderam se financiar com Caixa 2. Políticos como João Dória Jr., hoje governador de São Paulo, haviam feito fortuna com caixa 2.
- Lula foi preso por “Delações Premiadas”, sem nem sequer haver um documento do apartamento do Guarujá.
- A campanha do PT foi feita para impor o reflexo do trumpismo no Brasil. Junto com o PDT de Ciro Gomes fizeram conchavos até com direitistas do porte de FHC, Joaquim Barbosa (ex presidente do STF) e Rodrigo Janot (ex Procurador-Geral da República). E até ocultaram um áudio que evidenciava o uso de caixa 2 pela campanha de Bolsonaro.
- A futura “esquerda” Bolsonarista divulgou que o Bolsonarismo seria invencível, se negou a mobilizar o povo nas ruas e não levantou nenhuma bandeira de luta real. Não falou uma única palavra sobre as ultra corruptas dívida pública e as privatizações ou a estatização do sistema financeiro.
- “Mensagem ao Partido” controlou o PT usando caixa 2.
- O “lulismo” ficou paralisado.
- Aloízio Mercadante e outros legalizaram a fraude logo após o primeiro turno.
- Ciro Gomes e Haddad reconheceram a “vitória” de Bolsonaro logo após o segundo turno.
- A esquerda revolucionária e anti-imperialista tem sido muito fraca.
Os povos brasileiro e latino-americanos precisam sobreviver à sanha dos abutres capitalistas.
No próximo capítulo, falaremos sobre o Governo Bolsonaro, o massacre imposto ao Brasil, o papel da “esquerda” oficial que se incorporou na prática ao Bolsonarismo e os sintomas da reação popular.