Mais um defensor da ditadura no Chile

Mais um defensor da ditadura no Chile

O nome dele é José Antonio Kast. Pode ser chamado de fascista somente pelas suas posições políticas de tratar tudo como caso de polícia e não por ter um projeto de Estado onde todas as ações econômicas sejam controladas, muito pelo contrário, é um neoliberal pentecostal. Politicamente pretende impor um regime duríssimo contra o que qualifica como o caos social dentro do país, com a constantes manifestações por parte do povo que não suporta mais tanta miséria. A palavra democracia soa em sua boca como hipocrisia hereditária. Seu pai foi um soldado nazista que migrou para o Chile. (Ver livro “A la sombra de los cuervos. Los cómplices civiles de la ditadura”).

Com um discurso elaborado, Kast é um tradicionalista, como é Steve Bannon e Nigel Farage (UKIP) da Grã Bretanha e Tibor Baranyi mentor intelectual de Gábor Vona na Hungria. Todos descendente de René Guénon e Julius Evola, cuja crença na superioridade da raça ariana ou do europeu nativo os leva a acreditar numa hierarquia cuja idade de ouro, o governo seria de uma teocracia em oposição de um governo da idade sombria em predominaria o regime democrático ou comunista.

Nas últimas eleições presidencias no Brasil, apoiou Jair Bolsonaro. Desde então já manifestava que seria candidato a presidente no Chile pelo partido que criou, o Republicano. Ele já foi candidato a presidência em 2017 ficando em quarto lugar. Na sua campanha deixou claro seu apoio à ditadura militar de Pinochet e propôs perdão à militares torturadores. Também propôs a volta do ensino religioso nas escolas e o fechamento da fronteira do Chile com a Bolívia. É a favor de um rígido controle de imigrantes no Chile, quando ele mesmo é de uma família de imigrantes.

As eleições presidenciais no Chile ocorrerão em 21 de novembro deste ano, e o número de indecisos chega a 50%. Existe uma grande desconfiança no regime desde que iniciou as grandes manifestações de massas e a forte repressão desde 2019. Embora Kast não esteja entre os três primeiros colocados nas pesquisas, ele é um típico candidato da direita bem parecido com Bolsonaro no Brasil, embora tenha um discurso polido. 

No último debate entre os presidenciáveis, Kast propôs a retirada do Chile da ONU por esta apoiar países que não defendem a democracia, como Cuba, Coreia do Norte e Venezuela. Também propôs o fechamento do Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH), porque segundo ele, funcionários da instituição teriam testemunhado a morte da estudante de direito Denise Cortés, que estava ao lado dos Carabineros e nada fizeram, em 10 de outubro, durante as manifestações em favor do povo mapuche em Santiago. A entidade já declarou oficialmente que nenhum dos seus membros foi testemunha do incidente, e além de tudo já existe uma investigação para revelar as condições da morte da estudante.

Vários documentos vieram à tona sobre a participação de Kast no escândalo conhecido como Panamá Papers. Foi o que revelou duas reportagens do La Tercera intituladas  “A rota do dinheiro de José Antonio Kast” e “Os documentos oficiais sobre as empresas no Panamá que José Antonio Kast nega”, e que confirmam que a holding da família Kast Rist era controlada de três empresas formadas no Panamá. 

O aparecimento deste tipo de candidato mostra que existe uma articulação internacional da direita para ser os capachos do imperialismo em cada nação da América Latina. Eles devem ser denunciados com toda a força antes que se passem por anjos e outsiders da política.

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