Doutrina de Choque 3.0
A crise capitalista de 2008 levou o mundo ao colapso generalizado das grandes empresas. As quebradeiras foram evitadas por meio de enormes volumes de recursos públicos em resgates e também para fomentar o consumo e mover a economia mediante créditos a perder de vista.

Doutrina de Choque 3.0

No final de 2019 a crise estava prestes a estourar de novo e com muito mais violência, com o Brasil e América Latina na linha de frente.

Providencialmente, apareceu em março, de maneira mais que suspeita, a crise sanitária do Coronavírus que camuflou o obscenos novos repasses de recursos públicos para salvar mais uma vez os abutres capitalistas da bancarrota.

Somente no Brasil, o Governo Bolsonaro destinou R$ 1,250 trilhão, quase o que o Governo Federal gasta em um ano, para resgatar os bancos. Foi aprovada a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 10-2020 que permite que o Governo Brasileiro resgates empresas em bancarrota; e não só no Brasil, mas até empresas que tenham filiais no país.

A crise está muito longe de ter se fechado. Até porque ter paralisado a economia mundial durante vários meses somente pode deixar sequelas. Os trilhões repassados para as grandes empresas não chegaram às micro, pequenas e médias empresas, que se encontram à beira da bancarrota. Somente nos Estados Unidos representam 97% dos empregos.

O desemprego, a recessão e o endividamento generalizado se acumulam como uma gigantesca bomba que tende a explodir.

As eleições nos Estados Unidos, assim como no quintal traseiro, a América Latina, estão mais que controladas. Até agora saíram com o também providencial Covd-19 para Donald Trump e esposa.

O grande capital precisa da vitória de Joe Biden e do Partido Democrata, ou pelo menos de um Donald Trump 2.0, que aplique o grosso da política do Partido Democrata. Qual é? Uma guerra a quente.

O grande capital precisa manter a economia em movimento a partir dos centros de produção que ainda produzem lucro, em primeiro lugar, o complexo industrial militar.

A Doutrina de Choque 3.0

A socióloga canadense Naomi Klein escreveu um livro que se tornou muito famoso intitulado “Doutrina de Choque”. Ela explica como depois do “providencial” ataque às Torres Gêmeas de Nova Iorque, que aconteceu em 11 de setembro de 2001, o governo dos Estados Unidos desencadeou uma enorme campanha propagandística que tinha como objetivo deixar a população paralisada e impor terríveis ataques contra as liberdades individuais, assim como escalar a fascistização da sociedade por meio de vários mecanismos.

Essa mesma política foi aplicada depois da crise de 2008 e se refletiu em brutais ataques contra vários países no mundo. Os governos de Barack Obama foram responsáveis por um número de guerras, assassinatos, ataques por drones e afins como não tinha se visto desde a Guerra do Vietnam.

Agora volta a se repetir exatamente a mesma política. A população no Brasil e em quase toda a América Latina e no mundo é mantida em estado de choque, pelo Coronavírus e também para inculcar que não é possível reagir contra o massacre que o grande impõe para se salvar da crise.

Um papel importante nessa campanha é desempenhado no Brasil pela “Esquerda” Bolsonarista. A chamada “esquerda” brasileira foi amarrada por meio de dossiês e domesticada em tal grau e se passou para o outro lado da trincheira.

Desde 2016 tem sido incapaz de organizar qualquer reação e tem apodrecido todas as organizações de massa. As traições contra as lutas que acontecem são históricas, como foi referendado no desmonte da maior greve da América Latina e a maior greve do Brasil desde 1995, a greve dos trabalhadores dos Correios.

É preciso organizar a reação contra o massacre

Lutar é possível!

A “Esquerda” Bolsonarista agora está transformada numa máfia que somente pretende salvar parte do dinheiro que roubou do povo brasileiro.

Conforme ficou claro na experiência da greve dos Correios o papel é trair todas as lutas e ajudar o Governo Bolsonaro a massacrar o Brasil.

Essa nefasta atuação é mantida em todos os setores. Ela ajuda no massacre da Petrobras, Eletrobras, bancos públicos, Casa da Moeda, na “reforma” Administrativa. Da mesma maneira que ajudou a passar a “reforma” trabalhista e a “Reforma” da Previdência.

A “Esquerda” Bolsonarista agora se presta ao papel de palhaça do circo nas eleições municipais Bolsonaristas, da mesma maneira que em 2018 validou a “vitória” de Jair Bolsonaro e do Bolsonarismo em todo o Brasil, na maior fraude eleitoral vista no Brasil desde 1926.

É preciso deslindar os campos de maneira muito clara. Quem é a favor de organizar a luta em defesa dos trabalhadores e do Brasil e quem é a favor na prática, do massacre do Brasil.

Gazeta Revolucionária levanta as bandeiras de luta que podem salvar o Brasil do massacre. As mesmas bandeiras que a “Esquerda” Bolsonarista jogou na lata do lixo já faz tempo.

Levante ! Organize-se! Lute!
A hora de Lutar é Agora!

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