Uma nova revolta pegou em chegou o estado narco-paramilitar por excelência da América Latina.
O que começou como uma revolta contra a “reforma tributária” agora se tornou uma importante revolta contra o estado narco-paramilitar.
A “reforma tributária” buscou usar a “pandemia” do Covid-19 como cortina de fumaça para escalar os ataques contra a população. O aumento de impostos incluíam vários artigos de primeira necessidade, até o arroz.
A revolta na Colômbia é particularmente importante porque se trata de um estado onde qualquer liderança popular que surgir estará marcada para morrer. Centenas de pessoas têm sido assassinadas com o objetivo de conter as revoltas.
Em várias cidades importantes da Colômbia, como Cali, Bogotá, Medellín, Bucaramanga a repressão da ESMAD, a tropa de choque da polícia, e do exército foi muito agressiva. As bandas paramilitar ainda não foram colocada em cena intensamente.
O que mais chama a atenção é como a população tem conseguido resistir há quase duas semanas. Lembram das jornadas de junho de 2013 quando a esquerda foi jogada para fora das ruas pelas bandas fascistas?
Na Colômbia, foram organizadas primeiras linhas seguindo o exemplo do Chile, como mecanismos de autodefesa de massas, compostas de várias brigadas, desde a contenção da repressão (primeira linha) até a brigada seis (a brigada de saúde que cuida dos feridos pelas forças repressivas).
A Colômbia dos verdadeiros narco-traficantes: o modelo para o Brasil
Por detrás se encontra do estado narco-paramilitar colombiano está o imperialismo norte-americano que por meio do chamado Plano Colômbia passou a controlar o tráfico de cocaína. Esse foi o verdadeiro motivo do desmantelamento dos grandes cartéis.
O grande tráfico é controlado diretamente pela CIA, a DEA, o Mossad, o MI-6 e outros serviços do imperialismo. As verbas são usadas para organizar golpes de estado, desestabilização de governos e afins.
O presidente Iván Duque é um afiliado do ex presidente Álvaro Uribe Vélez que foi um colaborador muito próximo de Pablo Escobar, o líder do cartel de Medellín. Ambos foram cooptados pelo imperialismo.
A Colômbia narco-paramilitar é um dos principais modelo imposto pelo imperialismo norte-americano para o Brasil.
As duas principais bandas criminosas brasileiras, o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o CV (Comando Vermelho) já foram integradas ao estado.
O controle da periferia por meio das bandas criminosas e das milícias é um dos mecanismos para controlar o movimento popular.
O aumento da repressão pode conter parcialmente o movimento de massas, que é colocado em movimento pelo aprofundamento da crise capitalista.
Por esse motivo, para o próximo período estão colocados enormes protestos e revoltas em todo o mundo. O dever dos revolucionários é se organizar imediatamente para intervir ativamente na situação política.