Os recentes acontecimentos no Chile, na França, na Colômbia e na Faixa de Gaza representam o prenúncio de um grande levante que ainda está por vir.
Na Colômbia, o assassinato de ativistas sociais é a norma. Se trata de um dos principais estados narco-paramilitares no mundo e um dos modelos impostos pelo imperialismo par ao Brasil.
As manifestações têm sido tão gigantesca que até a Copa América precisou ser suspendida. Isso apesar da brutal repressão promovida pela ESMAD (tropa de choque), o exército e, de maneira parcial, das bandas paramilitares.
As primeiras linhas se fortaleceram a partir do exemplo do Chile e permitiram que os manifestantes continuaram nas ruas apesar da brutalidade repressiva.
No Chile, a luta foi contida com a pandemia em março de 2020, mas só por um tempo. A luta continua apesar da manipulação institucional da Convenção Constituinte, que é apoiada pela “esquerda” oficial.
Em Gaza, os sionistas israelenses tentam apagar com um novo banho de sangue a luta do povo palestino que voltou a se levantar.
A maior crise capitalista mundial
O capitalismo vive a maior crise da história. Devido à impossibilidade de colocar em pé uma política alternativa ao chamado “neoliberalismo”, aplica como “saída” para a sua crise mais “neoliberalismo”, com ataques ainda mais brutais contra os trabalhadores, ditaduras cada vez mais ferozes, o fortalecimento do fascismo, a incorporação das bandas criminosas aos aparatos do estado e levando o mundo a uma grande guerra.
A pandemia tem sido manipulada como um dos componentes centrais dessa política que representa uma política militar no essencial para conter a crise e o levante de massas.
Desde março de 2020, os preços das matérias primas têm escalado não porque a economia mundial tenha melhorado, mas porque os estados têm lhe repassado aos grandes capitalistas trilhões. O minério de ferro passou de US$ 80 a tonelada para US$ 230; o cobre de US$ 2.500 para US$ 10.000.
O volume de capital fictício tem escalado a níveis apocalíticos. A especulação financeira só cresce e se tornou um componente fundamental na realização dos lucros e na composição ampliada do capital.
Essa bomba atômica capitalista continua crescendo. Com a pandemia, cresceu e continua crescendo de maneira ainda mais acelerada.
É o aprofundamento da crise capitalista mundial o motor da mobilização das massas.