A violação dos Direitos Humanos durante os governos do PT

A violação dos Direitos Humanos durante os governos do PT

A “esquerda” oficial divulga o mito de que os governos do PT teriam sido de “paz e amor” para o povo e que a repressão somente teria continuado a partir dos estados e municípios controlados pela direita.

Na realidade, os governos do PT aconteceram em aliança com setores da direita e a estrutura do estado brasileiro que tinha sido muito endurecida durante a Ditadura Militar, foi mantida intacta ao mesmo tempo que foi endurecida ainda mais.

Durante os governos do PT foi criada a Guarda Nacional que é responsável pela repressão das greves e revoltas dos trabalhadores que participaram da construção da hidrelétrica do Jirau, por exemplo, e que resultou em várias mortes.

O Ministério da Justiça sempre esteve sob controle da ala direita que hoje controla o PT e que tem mantido fortes laços com o Ministério Público Federal, a Operação Lava Jato e a Embaixada dos Estados Unidos. Foram eles quem encaminharam leis ultra repressivas, como a da Ficha Limpa, a Lei Anti-corrupção, a Lei das Organizações Criminosas ou a Lei Anti-terror que foram amplamente usadas pela Operação Lava Jato contra o próprio PT.

Mas um dos casos mais grotescos foi o tratamento fascista dado ao chileno Maurício Hernández Norambuena.

Entenda o caso Maurício Norambuena 

🟡 Maurício Norambuena: o escandaloso caso do preso político massacrado durante os governos do PT e dos pinochetistas do Chile (https://t.me/radioexpressa/524)
Alejandro Acosta
16/03/2021 @radioexpressa

Música: Joan Manuel Serrat – “Para la libertad”
https://youtu.be/IgAT0jwnVzA

Maurício Norambuena, o Comandante Ramiro, foi um ex-militante do Partido Comunista Chileno e da Frente Patriótica Manuel Rodríguez contra a Ditadura Militar encabeçada por Augusto Pinochet.

Em 2002, ele participou do sequestro do publicitário Washington Olivetto com o objetivo de arrecadar fundos para apoiar organizações revolucionárias latino-americanas.

Obviamente, cabe a aplicação da legislação brasileira e as penas correspondentes, apesar de se tratar de um “crime político”. Mas nenhum preso por sequestro passou no Brasil nem perto do que Maurício tem sofrido.

Maurício Norambuena ficou preso em isolamento no Brasil, durante 17 anos, até 2019 quando Bolsonaro o extraditou ao Chile, onde lhe foi imposta mais uma condena por 30 anos adicionais.

Vale lembrar que a legislação brasileira somente permite até três anos em isolamento. A Maurício lhe foi negada toda progressão de regime.

As condições de encarceramento foram extremamente duras, com total restrição à imprensa por qualquer meio. A família que tinha o direito a visitá-lo a cada três meses, durante três horas, foi submetida a todo tipo de condições vexatórias durante as visitas. 

Maurício é um dos presos na história do Brasil, que mais anos passou em solitária. Mandela esteve preso durante 27 anos, mas “somente” três anos em isolamento.

Ainda a imprensa oficial junto com a ala direita do PT, divulgaram que o PCC teria sido informado sob influência de Maurício Norambuena, pois ele teria convivido com Marcola. Na realidade, o PCC foi uma criação dos próprios serviços de inteligência, a mando do imperialismo.

O Comitê de Direitos Humanos do Chile exige que os anos passados no Brasil lhe sejam reconhecidos como parte da condena no Chile onde continua submetido a duras condições. Ele completou um ano e meio em total isolamento em cadeia de alta segurança, quando as próprias leis do Chile estabelecem que qualquer preso pode permanecer nessas condições até por um período máximo de três meses.

A “esquerda” oficial cúmplice do pinochetismo

Quando Maurício Norambuena foi preso, viajou ao Brasil uma delegação do governo chileno, naquela época governado pelo “socialista” Ricardo Lagos e seus aliados da Concertación para pedir ao governo brasileiro que Maurício fosse mantido sob as mais duras condições carcerárias. E elas foram mantidas durante todos os governos do PT, contra a própria legislação brasileira.

Depois de termos visto nestes dias a Carta à Humanidade dos antigos lutadores contra a Ditadura, que agora se transformaram em “esquerdistas bolsonaristas” que pedem a intervenção do imperialismo norte-americano no Brasil, fica a pergunta. O que aconteceu com essa gente para ter caído tão baixo?

É relativamente fácil defender um desaparecido pela Ditadura Militar. Fica um pouco mais difícil defender um torturado e abusado por todos os meios possíveis pela suposta “democracia”, principalmente quando uma pessoa sob custódia da Justiça brasileira foi mantida em condições análogas à tortura pela ala direita do PT que dominou o Ministério de Justiça durante os governos do PT, que agora domina o PT e que tem mantido acordos com a Lava Jato, o Governo Bolsonaro e os generais.

As leis super reacionárias que estão sendo aprovadas no Congresso brasileiro são dignas de fazer inveja aos próprios Hitler ou Pinochet. Estão passando com a cumplicidade e o silêncio dos autodenominados partidos de “esquerda”.

Os próximos Maurícios poderemos ser nós!

Cabe aos verdadeiros revolucionários organizar a luta para enfrentar o massacre do Brasil.

Programa especial na televisão aberta sobre Maurício Norambuena. Veja Abaixo:

Assista aqui o programa especial sobre Maurício Norambuena na televisão aberta chilena veiculado no dia 15 de março, (para ter acesso aos conteúdos faça click nas imagens):

Assista aqui o depoimento de Laura Hernández Norambuena, irmã de Mauricio, sobre as condições altamente humilhantes às que foi submetida no Brasil.

Sobre as questões jurídicas envolvidas no regime carcerário de Maurício Norambuena, pela sua advogada Yanira González.

Dino Pancani, diretor da Escola de Jornalismo da Universidade de Chile: “Um estado se degrada quando dá um tratamento a um ser humano como o que lhe está dando hoje a Hernández Norambuena”.

Maurício Norambuena sobre como o pinochetismo foi não somente mantido, mas também aprofundado pelos governos da Concertación, a “esquerda” pinochetista:

Maurício Norambuena sobre o governo pinochetista de Sebastián Piñera:

Maurício Norambuena sobre o justiçamento de Jaime Guzman, o principal ideólogo do pinochetismo.

Maurício Norambuena sobre os governos da “Concertación”:

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