O governo dos Estados Unidos repassou US$ 1,9 trilhões aos grandes capitalistas com o objetivo oficial de retomar o desenvolvimento, o que equivale a fazer funcionar uma economia “podre” que não funciona mais.
Para os grandes capitalistas obterem lucros precisam de gigantescos e crescentes repasses de recursos dos estados, e transformar os trabalhadores e as massas em párias.
A propaganda burguesa faz alarde de que com esses US $1,9 trilhões os problemas seriam resolvidos.
Na realidade, só desde março do ano passado, foram repassados aos grandes capitalistas US $9 trilhões adicionais. A esses volumes absurdos somam-se os repasses tradicionais por meio de empréstimos a taxas irrisórias aos grandes capitalistas, as ajudas para fechar as operações diárias do overnight, as compras obscenas de títulos (dívidas, ações e outros) de grandes empresas privadas etc.
Essa política foi denominada há algum tempo de TBTF (Muito Grande Para Falir) e implica em que as grandes empresas nunca podem quebrar.
O problema é que todos os mecanismos tentados para fazer funcionar o capitalismo semi moribundo (o que não implica em que em termos militares seja menos agressivo; muito pelo contrário) têm se mostrado muito insuficientes, desde 2008 pelo menos.
Agora o governo Biden avalia a injeção de US $3 trilhões adicionais para promover investimentos em obras de infraestrutura, energia limpa e educação, assim como um aumento dos impostos sobre as empresas de 21% para 28% dos lucros.
Os efeitos colaterais das medidas econômicas sem resolver o principal problema.
O problema principal da economia capitalista está relacionado com o aprofundamento da crise por causa do “tabu”: o gigantesco volume de capitais, podres ou fictícios, alocados na especulação financeira que têm se convertido em parte fundamental da taxa média mundial dos lucros.
Os repasses de recursos a partir de moeda criada do nada, aumenta muito a pressão sobre as bolhas inflacionárias e o endividamento generalizado. A estagflação (inflação com recessão) bate às portas de quase todos os países.
Os processos “normais” de funcionamento da economia capitalista sempre passaram pela destruição dos capitais fictícios a cada novo ciclo. Mas isso era o que acontecia na época liberal do capital, que é própria do século XIX.
Desde o século passado, a economia é dominada por super cartéis controlados pela burguesia imperialista, os super ricos que dominam o mundo.
Sem romper com a propriedade privada dos meios de produção é impossível resolver os problemas do capitalismo. Até porque os problemas e as leis do capitalismo são tensionados ao máximo.
A concentração da riqueza e da pobreza, no outro polo, aumenta sem parar. A busca patológica pelo controle do mercado mundial leva inevitavelmente a guerras. As guerras vão na mão das revoluções. A burguesia, de maneira desesperada, tem militarizado as sociedades e impulsionado o fascismo.
A saída da crise capitalista para as grandes massas passa pela destruição do capitalismo, o que implica numa revolução de massas liderada pelos setores de ponta dos trabalhadores.
Para a maioria dos “analistas” oficiais e boa parte da esquerda, uma revolução que possa destruir o capitalismo aparece como um fenômeno surreal. Na realidade, o próprio funcionamento do capitalismo, as suas próprias leis, é o combustível que coloca em movimento os trabalhadores. É uma luta objetiva e desesperada pela sobrevivência de todas as classes sociais.
O papel dos verdadeiros revolucionários e anti-imperialistas é lutar pela organização do movimento de massas que tende a entrar em ascensão no próximo período.
Levante ! Organize-se! Lute!
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