Depois de participar da Revolução Pernambucana (1817) tornou-se mártir da Confederação do Equador (1824) da qual também foi líder ao ser fuzilado aos 13 de janeiro de 1825 em Recife.
Frei Caneca foi professor de geometria, retórica e filosofia. Como jornalista organizou, entre 1823 e 1824 o periódico semanal Typhis Pernambucano que defendia ideia liberais e constitucionalistas.
A Revolução Pernambucana proclamou uma república e separou-se do restante do Brasil governado. Ela se deu principalmente por causa da sangria de dinheiro da região para sustentar os luxos da família real que morava no Rio de Janeiro desde 1804 fugindo de Napoleão na Europa que estava derrubando as monarquias.
A Confederação do Equador também foi um movimento revolucionário republicano e separatista que se iniciou em Pernambuco e se espalhou pelo Nordeste do Brasil. Além da miséria do povo, teve como causa a insatisfação com as tendências centralizadoras e despótica de D. Pedro I expressas na Primeira Constituição do Brasil (1824).
Para derrotar a revolução, D. Pedro I assumiu dívidas com a Inglaterra e buscou tropas do exterior. Foi uma das maiores repressões na história do Império e 31 revolucionários foram condenados à morte. Frei Caneca foi condenado à morte por enforcamento, mas teve de ser fuzilado já que os carrascos se negavam a enforcá-lo.
Por onde você procurar na história do Brasil existe resistência à exploração, existem mártires e violência. A vida do povo nunca foi fácil, mas eles não se acomodaram. O atual momento de grandes ataques à dignidade dos trabalhadores requer uma resposta aos carrascos.