Brasil: campeão mundial de agrotóxicos e vice de transgênicos

Brasil: campeão mundial de agrotóxicos e vice de transgênicos

Este debate hoje tem se tornado muito crítico. Não somente porque pelo menos 95% dos alimentos que consumimos estão envenenados, mas também porque agora buscam nos obrigar a que nos injetemos vacinas RNAm igualmente, ou ainda mais, perigosas.

O Brasil é o segundo maior produtor de transgênicos no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, desde a safra 2009/2010, quando o país plantou 21,4 milhões de hectares, o que representou um crescimento de 35,4% ante a safra 2007/2008, ficando 100 mil hectares à frente da Argentina.

Os Estados Unidos foram os maiores produtores de transgênicos com 64 milhões de hectares, onde produzem 91% da soja, 85% do milho, 88% do algodão, 85% da canola e até beterraba que foi introduzida em 2008 para produzir açúcar.

A produção no Brasil continuou crescendo ainda mais, devido à intensificação das campanhas dos abutres capitalistas.

A Monsanto, por exemplo, tem repassado verbas para a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), através do Fundo de Pesquisa Embrapa-Monsanto, por vários milhões. O feijão transgênico desenvolvido pela própria Embrapa foi aprovado em 15 de setembro de 2010 pela CNTBIo (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança), junto com o  milho transgênico da Monsanto.

Esses recursos financeiros tem como origem os royalties repassados pela Monsanto à Embrapa, sobre a comercialização da variedade da soja da Embrapa com a tecnologia Roundup Ready, de propriedade da Monsanto, na safra 2009/2010. Pesquisas similares estão sendo feitas, na cultura de arroz e cana de açúcar.

Os transgênicos dos lucros fáceis

A liberação da soja transgênica, em 2003 no Brasil, foi feita sem nenhum estudo; prevaleceram a pressão e os lobbies dos abutres capitalistas.

A liberação para a produção e importação dos transgênicos aconteceu em cima dos estudos e documentos que a própria Monsanto apresentou em relação à soja Resistente ao Roundup (RR). Estes estudos foram extremamente superficiais e careciam de qualquer rigor científico. Não foram analisados os efeitos da modificação genética na planta, e os danos ao meio ambiente e aos seres humanos.

A soja RR foi modificada para adquirir resistência ao agrotóxico Glifosato, que na época era comercializado e patenteado pela Monsanto com o nome de Roundup. Quando a patente expirou, outras “multinacionais” do setor passaram a vender o produto.

O Roundup, ou outra formulação de Glifosato, mataria a soja convencional, mas com a modificação genética, esse veneno poderia ser usado na lavoura, eliminando apenas as ervas daninhas sem afetar a plantação.

Junto com essa “tecnologia”, surgiu um grande problema para os agricultores e mais uma enorme fonte de lucros fáceis, que foi a contaminação de plantações feitas com sementes crioulas com a tecnologia patenteada da Monsanto, que gera os pagamentos de royalties por propriedade intelectual.

A contaminação de plantações inteiras por transgênicos pode se dar por polinização ou vias mecânicas. A troca de pólen entre plantas diferentes pode ocorrer em pequenas distâncias, como no caso da soja, através do cruzamento.

Mesmo que um agricultor não tenha plantado soja transgênica, a sua lavoura pode ser contaminada com a polinização, o que é um processo natural. Caso isso ocorra, ele é obrigado a pagar royalties em cima da produção.

A via mecânica acontece quando um agricultor toma emprestado ou aluga um maquinário para usar em seu plantio, prática muito comum entre pequenos e médios agricultores, devido à falta de recursos para investir em equipamentos e tecnologias, e ele, estando contaminado por transgênicos, acaba contaminando a sua lavoura de soja convencional.

Como a Monsanto e seus amigos acabou com os pequenos camponeses independentes

A Monsanto tem um departamento especializado em investigar as lavouras e detectar possíveis contaminações com o objetivo de obrigar o pagamento dos royalties.

A proteção de uma lavoura de tal contaminação envolve altos custos, pois implica em cuidados com a limpeza de maquinários, o processo de separação de produção de transgênicos e convencional, a rotulagem e o rastreamento da sua lavoura. A lei prioriza a proteção dos direitos de “propriedade intelectual” dos abutres capitalistas.

Muitos agricultores têm sido vítimas das fraudulentas leis de patentes detidas pelos abutres capitalistas, pois a contaminação por polinização cruzada é praticamente inevitável.

A patente genética garante durante 20 anos o direito dos abutres capitalistas cobrarem o quanto desejarem por suas sementes.

O valor cobrado no Brasil tem variado. Em 2004, o valor era de R$ 0,60 por saca de 60 kg, e no caso da lavoura ser contaminada por soja transgênica, o agricultor era obrigado a pagar R$ 1,50 por saca, além dos custos dos testes. Em 2005, o valor passou para R$ 1,20 por saca, mas, devido à grave seca que gerou quebra de produtividade, foi cobrado 1% do valor da saca de soja.

Essa regra de cobrança vem mudando com o passar dos anos, como é o caso da safra 2009/2010, onde o agricultor pagou royalties duas vezes, uma quando comprou a semente geneticamente modificada e outra na produção. Caso a produção fosse de até 49,3 sacas por hectare, ele pagou R$ 18,00 por hectare, e se produzir mais, pagou R$ 21,89. Naquele ano, só com o pagamento de royalties, a Monsanto lucrou algo em torno de R$ 1 bilhão, e os continuou aumentando nos anos seguintes.

A aprovação dos transgênicos no Brasil, praticamente sem testes, e o seu acelerado avanço no país, aumentou a dependência imperialista do Brasil.

Os governos do PT, dando continuidade, e ainda aprofundando, às políticas “neoliberais”, do massacre do Brasil, realizada durante os governos FHC, têm promovido a produção devastadora de commodities (matérias primas) que são destinadas à especulação financeira nos mercados futuros e à geração de recursos para continuar sugando a riqueza do Brasil de maneira ultra parasitária por meio dos mecanismos macabros do pagamento da dívida pública.

Levante ! Organize-se! Lute!
A hora de Lutar é Agora!

🕶 Fique por dentro!

Deixe o trabalho difícil para nós. Registe-se para receber as nossas últimas notícias directamente na sua caixa de correio.

Nunca lhe enviaremos spam ou partilharemos o seu endereço de email.
Saiba mais na nossa política de privacidade.

Artigos Relacionado

Deixe um comentário

Queremos convidá-lo a participar do nosso canal no Telegram

¿Sin tiempo para leer?

Ouça o podcast da

Gazeta Revolucionaria