Lincoln como a Princesa Isabel legalizaram o fim da escravidão porque as condições econômicas o exigiam. Da mesma hoje, a pior crise mundial do capitalismo exige aos grandes captialistas irem a uma grande guerra e nos colocar a todos em condições similares à escravidão

Abraham Lincoln, Fim da escravidão?

No dia 1º de fevereiro de 1864, o presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln, assinou a 13ª Emenda à Constituição do país em plena Guerra Civil (Guerra de Secessão). O filme Lincoln (2012) mostra a insistência do presidente para que o Congresso aprovasse a Emenda.

“Emenda XIII

‘Seção 1’

Não haverá, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar sujeito a sua jurisdição, nem escravidão, nem trabalhos forçados, salvo como punição de um crime pelo qual o réu tenha sido devidamente condenado.

‘Seção 2’

O Congresso terá competência para fazer executar este artigo por meio das leis necessárias”

Muito interessante essa emenda porque ela faz uma ressalva em relação ao fim da escravidão, ela o permite para o trabalho de condenados pela Justiça.

Hoje os Estados Unidos têm a maior população carcerária do mundo, com mais de 2 milhões de presos, o Brasil fica em terceiro lugar, depois da China. Portando dizer que ladrão no Brasil não vai para a cadeia é uma propaganda enganosa; quem não vai para a cadeia são os empresários e políticos corruptos.

As cadeias brasileiras e dos EUA estão lotadas de pobres. Existe uma verdadeira criminalização da pobreza e uma campanha sobre os altos gastos com os presos. Nada mais enganoso, essa campanha só faz sentido na medida em que grupos empresariais estão de olho na privatização do sistema carcerário, como já é generalizado nos Estados Unidos.

Fim da Escravidão

Lincoln como a Princesa Isabel no Brasil não assinaram um documento que legalizava o fim da escravidão porque eram bonzinhos e tinham pena dos escravos. Eles o fizeram porque as condições econômicas o exigiam.

Nos Estados Unidos acontecia uma guerra entre o sul e o norte do país. Os grandes fazendeiros da região sul ganhavam muito dinheiro com a monocultura, principalmente com o plantio de algodão e com o tráfico de negros da África. No norte estava em marcha um processo de industrialização que exigia mão de obra “livre”, assalariada.

Quando os sulistas declararam a separação criando os Estados Confederados da América, o presidente Abraham Lincoln não aceitou a decisão e teve início a uma guerra sangrenta que matou mais de um milhão de pessoas no país. Fato interessante dessa guerra foi a formação do primeiro regimento de negros voluntários que entraram em combate, tal fato foi muito bem retratado no filme Glory (Tempos de Glória) de 1989.

Enfim, os destinos da guerra, com a vitória final do norte, foram decisivos para o fim da escravidão nos Estados Unidos. Quem quer ser livre não deve ter medo de morrer, aqueles que estão presos ao imediatismo da sobrevivência dificilmente conseguem vislumbrar um mundo de possibilidades libertadoras e uma vida plena.

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