A montadora norte-americana anunciou que irá fechar as três fábricas que mantém no Brasil.
O custo dessa operação será de US$ 4,1 bilhões somente em encargos.
O fechamento das fábricas de Taubaté (SP) e Camaçari (BA) será imediato. A fábrica do Troller em Minas Gerais continuará funcionando até o quarto trimestre.
A fábrica de São Bernardo do Campo tinha sido vendida no ano passado
A produção de SUVs, picapes e veículos elétricos continuará na Argentina e no Uruguai.
As montadoras assim como todas as grandes empresas enfrentam crescentes problemas para manter em pé as atividades produtivas por causa do aprofundamento da crise capitalista mundial.
A adoção da automatização tem levado a que o número de operários nas montadoras despencasse para aproximadamente 120 mil.
As grandes empresas mantêm todo tipo de privilégios e isenções, abertos e camuflados. Mas a crise capitalista cobra o preço.
O capitalismo não funciona mais; não consegue mais ampliar a produção; é incompatível com a propriedade de um punhado de parasitas de grandes capitalistas. Os lucros dependem cada vez mais da especulação financeira.
Principalmente, desde as chamadas “comissões paritárias” impulsionadas pela máfia sindical da Articulação Sindical do PT em São Bernardo do Campo, foi propagandeado aos trabalhadores que agora todos eram colaboradores, que não havia mais operários.
Na realidade, o que temos visto é o controle total do Brasil pelas super grandes empresas, e com todo tipo de privilégios. Isso não foi suficiente para essas empresas se manterem no país porque elas perseguem os lucros a qualquer custo.
A crise atingiu tão alto nível, e ainda continua avançando, que os abutres capitalistas impõem a espoliação financeira em grau cada vez maior: especulação com a dívida pública; as bolsas e as commodities; a financeirização da dívida e os swaps cambiais; a entrega das empresas públicas a valores irrisórios. A exploração dos minerais e a produção de matérias agropecuárias por meio da depredação total do meio ambiente. Agora até a imposição de vacinas transgênicas, sem testes, sem nenhuma responsabilidade legal e com outras condições grotescas, sob uma gigantesca campanha de terror de que ou seria isso ou a morte.
A máfia sindical e dos partidos políticos já faz tempo que abandonou toda e qualquer luta pelos trabalhadores e pelo Brasil. Os trabalhadores devem exigir a retomada do patrimônio que tem sido gerado por meio do trabalho dos brasileiros.
Os setores que não conseguem mais produzir devem ser estatizados sob o controle dos trabalhadores. A começar pelo ultra parasitário sistema financeiro, o comercio exterior e as grandes empresas estrangeiras. Obviamente, será necessário um grande movimento de massas para impor essa saída já que as direções atuais, em todos os níveis, foram cooptadas pelos abutres capitalistas.
Mas o aprofundamento sem parar da crise capitalista mundial levará os trabalhadores e os povos do mundo a acordar e tomar as rédeas do seu destino nas próprias mãos.
