94 anos do nascimento do grande escritor argentino Rodolfo Walsh, assassinado pela ditadura (09/01)

Rodolfo Walsh.

No dia 9 de janeiro de 1927 nasceu o grande jornalista e escritor argentino Rodolfo Walsh.

Walsh escreveu romances testimoniais onde denunciou as barbaridades cometidas pela Ditadura Militar encabeçada pelo general Jorge Rafael Videla e os anteriores golpes de estado.

“Operação Massacre” (1957) foi o primeiro grande êxito onde denunciou o massacre aplicado após o golpe de 1955 contra Perón. Representou também o primeiro romance de não ficção jornalístico. Somente nove anos depois seria publicado “A sangre frio” de Truman Capote que é propagandeado como o iniciador do gênero.

Em 1969, publicou “Quem matou Rosendo?” sobre o assassinato do líder metalúrgico em 1966 durante a Ditadura de Onganía.

No dia 25 de março de 1977, enviou pelo Correios a “Carta Aberta de um escritor à Junta Militar”. Em seguida foi assassinado a bala por agente da ditadura de Videla.

Em 1959, viajou a Cuba a convite do Che Guevara. Junto com Jorge Masetti, Jorge García Lupo e Gabriel García Marquez, fundo a Prensa Latina.

Em 1960, de maneira acidental conseguiu decifrar um manual de criptografia com as comunicações entre a CIA e agentes em Guatemala onde se falava da invasão de Praia Girón.

Rodolfo Walsh

Entre 1968 e 1970 fundou e dirigiu o semanário da CGT dos Argentinos.

Em 1970, começa a militar no peronismo de base, nas FAP (Forças Armadas Peronistas) e posteriormente nos Montoneros.

Em 1972, ajudou a levar ao cinema “Operação Massacre” em plena clandestinidade. O papel protagonista de um dos sobreviventes, Julio Troxler, que se interpretou a ele mesmo. A estreia foi em 1973.

A partir do 24 de março de 1974, Walsh fundou a ANCLA (Agência de Notícias Clandestina) com denuncias das atrocidades da Ditadura.

A importância do conhecimento da América Latina

Devido ao “Muro de Berlim” que o imperialismo e as burguesias locais levantaram entre o Brasil e os demais países da América Latina, os brasileiros pouco ou nada conhecem da literatura, a história e a militância revolucionária da Hispano América. E vice versa.

O cinema argentino por exemplo, é um dos melhores da América Latina, se não o melhor. A literatura é de primeiro nível.

O nosso papel como revolucionários é defendermos a união de todos os povos, os latino-americanos para começar, contra as próprias burguesias e seus patrões imperialistas. Um bom ponto de partida é o conhecimento.

O aprofundamento da crise capitalista mundial está levando a grandes mudanças e também a grandes definições e delimitações de campos, entre os povos, os trabalhadores e os verdadeiros lutadores de um lado, e os abutres capitalistas com todos os seus agentes do outros.

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