O “neoliberalismo” e a política de individualismo das massas exploradas

Por Florisvaldo Lopes e Alvaro W. Araujo

Fernando Collor (1990-1992);Itamar Franco (1992-1994; Fernando Henrique Cardoso (1995-2002); Luís Inácio Lula da Silva, o Lula (2003-2010); Dilma Rousseff (2011-2016); Michel Temer (2016-2018); Jair Bolsonaro (2019-atual)

Todos os governos pós-ditadura levaram ao pé da letra a política “neoliberal”, principalmente a política de impor o individualismo contra qualquer sentido de comunidade.

Hoje temos o povo, na prática, totalmente controlado. Até alguns ditados populares foram usados, e muito bem usados pelo sistema capitalista; por exemplo, “cada um por si e Deus por todos”, “Faça por ti que Deus ajudará”, “A esperança é a última que morre”.

Com a chegada de um partido de esquerda, o PT, ao governo, o individualismo foi levado ao extremo. É verdade que milhões de pobres tiveram acesso a bens de consumo, por meio de rios de dinheiro de crédito público, que os governos das classes dominantes não tinham interesse que esses possuíssem. Porém com a melhoria no acesso a bens de consumo o individualismo só aumentou, pois não houve uma política que conscientizasse o povo que bem de consumo não dura para sempre. O que dura são as relações humanas e a consciência que em um mundo dominado por poucos grandes capitalistas as migalhas conquistadas hoje, podem se perder amanhã com as crises econômicas, falta de emprego, etc.

Deixo claro que não somos contra o povo ter acesso a bens de consumo, muito pelo contrário queremos sim que todos tenham de tudo que é produzido, coisa impossível no capitalismo. A crítica aqui não é a de existir ou não acesso ao consumo e sim ao individualismo gerado devido à falta de conscientização das massas que ao adquirir algo a mais que seu semelhante se acha mais importante que ele. Pior ainda, achar que se conseguiu aquilo foi porque trabalhou mais que os que não têm; isso é uma burrice individualista. Afinal no capitalismo condições iguais para todos, sequer empregos.

Consumismo, uma política de lucro da burguesia capitalista

A política do consumismo, basicamente disseminada a partir da implantação da política do “neoliberalismo”, gera a sensação da necessidade de possuir. E ainda tem o problema de conseguir alguns bens se endividando.

Alguns desses bens servem essencialmente para alimentar a soberba. Ao adquirir bens sem o menor senso crítico é alimentada a indústria do individualismo que passa a ser o ideal insano das pessoas. Um individualismo egoísta toma conta das ações e dos ideais das pessoas. Gerando assim um individualismo mórbido que só favorece ao sistema, as pessoas não se unem para uma luta por acesso ao que é produzido.

Pela falta de conscientização e da política “neoliberal” difundida dentro da nossa sociedade, a soberba toma conta das pessoas que melhoram suas condições financeiras. No consumismo as pessoas acreditam que enquanto mais têm mais podem ser felizes. O povo mal instruído se contenta em ganhar pouco vendo seu vizinho ganhar menos que ele, ao invés de ambos lutarem juntos para melhorarem de vida na luta contra a opressão do capitalismo e o massacre que é imposto hoje contra o Brasil e a América Latina.

Temos a obrigação de conscientizar as pessoas de que ao possuírem bens elas não se tornam melhores como pessoas. Que é uma loucura achar que é melhor porque possui um bem que o outro não possui. Pelo contrário, nós devemos incentivar a solidariedade de classe e a igualdade como caminho para que todos possam usufruir dos bens produzidos pelo trabalho coletivo.

A igualdade só se pode conseguir por meio da luta organizada da classe que tudo produz, ou seja, os trabalhadores. Eles têm a missão histórica de destruir o modo de produção capitalista e assim socializar a produção. Essa é uma luta que deve ser encabeçada pelos revolucionários conscientes, que não se vendem ao sistema como muitos têm feito no presente momento.

Levante ! Organize-se! Lute!
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