Por uma greve geral para derrubar o governo da Lava Jato

Por uma greve geral para derrubar o governo da Lava Jato

(Matéria original publicado em junho de 2019)

A chamada “greve geral” do dia 14 de junho de 2019 foi uma paralisação muito morna levando em conta a brutal crise aberta a raiz dos vazamentos publicados pelo site The Intercept. Com a base do Bolsonarismo em crise, que é essa suposta “luta contra a corrupção”, este seria um momento muito propício para ir para cima dos golpistas e reverter os ataques contra a população brasileira que tem como origem as pressões do imperialismo norte-americano em primeiro lugar. Mas a esquerda integrada ao regime político, principalmente o PT, não quer saber de lutar e tenta canalizar o crescente descontentamento dos trabalhadores para eleições, mesmo no contexto do claro endurecimento do regime político. Esta é uma política muito cretina considerando o grau de controle que o imperialismo atingiu do estado brasileiro e da economia.

A existência de mais de 100 militares de alta patente no governo deveria ser um ponto de atenção chave. Mas no lugar de tirar as conclusões políticas e as ações óbvias, a “esquerda” busca manter o seu lugar ao sol no regime, seus próprios privilégios, sem se importar em quem está por trás desses ataques e como eles devem ser combatidos com sucesso.

O imperialismo norte-americano, que é a maior potência do planeta, precisa fazer alguma coisa para se contrapor ao inevitável novo colapso capitalista mundial que aparece de maneira cada vez mais clara no horizonte. Que será muito mais violento que o de 2008 e que terá na linha de frente países como o Brasil e a Argentina. Em termos de política econômica, o grande capital em crise, não consegue colocar em pé uma política alternativa ao chamado “neoliberalismo” para conter a crescente queda da taxa de lucros. O superendividamento que conseguiu um certo controle do colapso de 2008, agora se transformou no calcanhar de Aquiles para a contenção do próximo colapso, que é a continuidade de uma crise que nunca se fechou.

O capitalismo tem chegado a um grau de acirramento das suas contradições internas que ameaça se implodir em mil pedaços. Não consegue funcionar seguindo os mecanismos mais básicos, como abrir fábricas e explorar a força de trabalho. O governo Trump tenta reverter a “globalização”,  que levou ao extremo capitalista a socialização da produção em escala mundial, mas com escasso sucesso. O desemprego avança sem cessar, junto com o aprofundamento da crise e da automatização crescente da produção. O setor de serviço já não consegue mais assimilar o exército industrial de reserva crônico.

A China continua sendo a locomotiva do capitalismo mundial, mas avançou em territórios onde as contradições com as potências imperialistas apresentam linhas vermelhas, principalmente no setor de tecnologia, como o prova a crise aberta em cima da tecnologia 5G. Ou seja, a China precisa, para controlar o desenvolvimento da própria crise interna, se desenvolver como uma potência imperialista, aumentando o controle do mercado mundial em contração. Isso nunca aconteceu a não ser por meio de enormes e sangrentas guerras, principalmente em escala mundial.

Todas as políticas do imperialismo, em particular, do imperialismo norte-americano, tem como objetivo levar o mundo a uma nova aventura militar de proporções apocalípticas. E todos os dias temos novas evidências, como aconteceu recentemente, quando navios petrolíferos, inclusive um japonês, foram torpedeados no Estreito de Ormuz, enquanto o primeiro ministro do Japão, Shinzo Abe, se encontrava no Irã. O imperialismo busca criar um novo Tonkin, quando afundou um navio norte-americano para justificar a intervenção militar contra o Vietnã.

Na América Latina, o objetivo do imperialismo passa pela imposição de um regime muito mais agressivo e duro no Brasil que possa servir como modelo para toda a América Latina e base de apoio para controlar a Venezuela. A militarização das nossas sociedades tem como objetivo levar o mundo para uma nova guerra em larga escala. A militarização das sociedades favorece o controle das tendências revolucionárias, pelo menos inicialmente. A guerra favorece uma ampla destruição de forças produtivas, o que, no esforço da reconstrução, poderia dar um novo fôlego ao capital.

A esquerda atual é um produto da agressão “neoliberal” e da queda do Muro de Berlim, sob a pressão do imperialismo. Portanto, não é um instrumento para organizar qualquer luta e se encontra em fase terminal. O papel dos revolucionários é se agrupar por meio do programa revolucionário contra o capital, colocando em pé, desde já, políticas que consigam orientar a luta da classe operária mundial que inevitavelmente entrará novamente em movimento dada a brutalidade dos ataques. 

Pela construção do partido operário revolucionário mundial!

Levante ! Organize-se! Lute!
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