O “civilizado” Japão quer jogar toneladas de lixo atômico no Oceano

O “civilizado” Japão quer jogar toneladas de lixo atômico no Oceano

O governo japonês anunciou que irá despejar no Oceano Pacífico milhões de toneladas de resíduos radioativos. E conta com o apoio do governo dos Estados Unidos e da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).

A planta nuclear de Daiichi, localizada em Fukushima, colapsou em 2011 após o tsunami e terremoto.

As medidas de construção surrupiaram a segurança em prol dos altos lucros na especulação financeira. Lucros de sangue!

A principal preocupação do governo japonês ao lidar com o desastre nuclear de Fukushima tem sido salvar os lucros dos grandes capitalistas.

A ocultação e manipulação de informações tem sido a tônica do governo e da Tepco (concessionária da central de Fukushima) nas últimas décadas de maneira recorrente.

Nos primeiros dias que se seguiram à catástrofe, o governo queria evacuar uma área de 20 quilômetros. Dias mais tarde, aumentou essa área para um raio de 30 quilômetros devido às altas emissões de radiação nuclear. 

Relatórios liberados quase um ano depois, mostraram que o governo chegou a cogitar a ideia de evacuar a capital do País, Tóquio, que, considerando a região metropolitana, tem cerca de 37 milhões de habitantes, mas desistiu devido à falta de um plano e recursos para isso.

Somente os casos mais graves sobre a segurança das usinas nucleares japonesas têm sido divulgados, apesar de vários acidentes terem acontecido nas últimas décadas. Em 1996, por exemplo, um acidente em um reator nuclear japonês provocou ondas de radiação que vazaram para os subúrbios de Tóquio, mas a população não foi avisada.

Os planos de evacuação de Fukushima foram inoperantes

Os planos de evacuação falharam e em alguns casos, as pessoas foram evacuadas para áreas com mais radiação que o local de origem. 

Um software especial, que permite prever padrões de radiação, não foi usado corretamente devido à falta de processos e treinamento adequados. 

Por exemplo, o software teria previsto que numa escola passaria uma nuvem de radioatividade, e mesmo assim a escola foi utilizada como um centro de evacuação temporária. Milhares de pessoas permaneceram por dias em áreas fortemente contaminadas.

Os profissionais da área de emergência, como médicos, enfermeiros, motoristas e bombeiros não receberam treinamento. Hospitais em Fukushima tiveram que suspender os serviços, pois centenas de médicos e enfermeiros renunciaram à função para evitar contato com a radiação.

O primeiro ministro, Yoshihiko Noda, instruiu os prefeitos das cidades vizinhas a Fukushima a orientarem os moradores a retornar às suas casas, apesar dos problemas de segurança e de contaminação não terem sido resolvidos.

Os grandes capitalistas inocentados

A Tepco, concessionária da central nuclear de Fukushima, não foi responsabilizada plenamente pelo acidente e não tem sido obrigada a compensar as pessoas afetadas pela exposição a altos níveis de radioatividade.

O esquema de compensação, instituído pela própria Tepco, exclui dezenas de milhares de pessoas que decidiram sair da região.

A Tepco trabalhou intensamente para que a multinacional não pague os custos de descontaminação, afirmando que a radiação, bem como o peso de lidar com ela, é ônus dos proprietários de terras.

A descontaminação e as indenizações aconteceram de maneira muito parcial.

As estimativas dos danos causados pelo acidente nuclear somam pelo menos US $650 bilhões, incluindo compensações adequadas às pessoas deslocadas e o desligamento da usina Fukushima 1, mas sem considerar o desastre ambiental ocasionado.

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