Articulo original públicado no site do PCPB (Partido Comunista do Povo Brasileiro), para ler faça click na imagem ao lado.
O regime político de conjunto no Brasil foi engolfado pela “Síndrome de Estocolmo”, a paixão pelos próprios sequestradores, empatia por aquilo que te maltrata. A adoração por quem está te destruindo aos poucos, que te maltrata, tortura, que é um braço do estado, do capital e do próprio imperialismo.
As pessoas reclamam que a comida está cara, a gasolina está cara, que não há leitos nos hospitais, transporte caríssimo, que está se fazendo uso da Lei de Segurança Nacional da Ditadura Militar. Ninguém da “esquerda” oficial nem sequer se manifesta a respeito, mesmo sabendo que já está sendo usado contra nós.
O “Auxílio Emergencial” é para acalmar o “gado”. A falta de organização e logística do estado já levou a mais de 260 mil mortos.
O Teto de Gastos no meio de uma pandemia é um crime, é um absurdo. A vida do povo não vale nada.
O Brasil foi transformado num verdadeiro prostíbulo. Como um governo destes não deveria ser chamado de genocida? E o “mito” seria mito do que? Do massacre do Brasil?
O Brasil está sendo massacrado pela “Democracia Bolsonarista”, que é o novo Governo Bolsonaro do qual participam todos os partidos políticos e as máfias sindical e dos movimentos sociais. Toda uma série de medidas muito ofensivas contra o povo brasileiro estão passando de lavada no Congresso.
As milícias e a Síndrome de Estocolmo
A desagregação do estado burguês é enorme; por esse motivo, crescem os órgãos paramilitares que no momento “adequado” podem ser usados abertamente contra a população.
Há gente que gosta das milícias, no Rio de Janeiro, porque ela paga pela proteção e os serviços que a milícia vende enquanto a polícia mata.
A Síndrome de Estocolmo se manifesta no povo pobre porque o estado é abertamente repressor e os organismos de luta do povo são abertamente inoperantes quando não impedidos de atuar no local. Vários candidatos até da esquerda somente conseguem fazer campanha nos locais controlados pela milícia, ou pelas bandas de narcotráfico, desde que tenham a benção da milícia ou das bandas. Seja esquerda ou direita, tudo bem, desde que não mexam com os negócios.
https://pcpb.com.br/2021/03/05/o-black-friday-do-brasil/
Eles colocam até o ônibus de graça para ir votar.
A milícia deixa o povo comprar gás ou ter televisão a cabo, mas desde que seja comprado deles. “Mal ou bem eles me protegem”, “e se eu tiver problemas eu posso negociar para pagar depois”, “mas é claro, se não pagar, estou morto”.
Eles até distribuem cestas básicas para as pessoas carentes. Existe uma certa veneração das pessoas pobres fragilizadas.
Se os milicianos chamarem alguém para prestar um serviço social para a população este não pode se negar.
Há lugares onde as milícias estão até vacinando.
Eles constroem até prédios.
O Queiroz é até a representação das milícias dentro do estado. Há lugares dentro das regiões controladas por milicianos onde há verdadeiras mansões, até melhores que a que o filho de Jair Bolsonaro apareceu comprando por R$ 6 milhões.
Essa situação não é exclusiva do Rio de Janeiro; já se estendeu a outros estados, como por exemplo, o Ceará, onde a milícia também atua. A peculiaridade é que no Rio de Janeiro, o estado é a milícia hoje. Eles chegam a entrar nas igrejas evangélicas e pregar contra o estado; onde eles também lavam dinheiro.
O Estado paralelo integrado ao Estado oficial contra o povo
A burguesia está infiltrada neste sistema, onde há a integração do estado paralelo com o estado oficial.
A integração não acontece somente com as milícias, mas também com as principais bandas do narcotráfico, fundamentalmente o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o CV (Comando Vermelho).
https://pcpb.com.br/2021/03/04/crisis-del-reformismo-y-el-desafio-la-confluencia-revolucionaria/
Os grandes capitalistas em crise precisam da obscena paralisia das lutas que tem como um dos principais componentes a cooptação das direções dos partidos políticos da esquerda oficial e também das direções sindicais e dos movimentos sociais.
A paralisia que já dura mais de quatro anos tem como base a chantagem que o governo exerce. Conforme o ventilou o Deputado Federal Glauber Braga, todas as principais direções estão cooptadas e ainda ameaçadas; quem entravar o massacre do Brasil irá preso, enquanto quem a facilitar poderá ficar com parte do que conseguiram acumular nas direções dos organismos de luta do povo trabalhador onde têm aplicado uma política de vale tudo.
Os verdadeiros revolucionários devemos rejeitar qualquer tipo de submissão ao estado, seja paralelo ou oficial, e aos patrões.
É preciso organizar a luta pela base já que se depender das direções que sequestraram as nossas organizações a nação brasileira desaparecerá antes desses traidores ousarem alguma reação. Todas essas direções estão penduradas em dossiês do GSI (Gabinete de Segurança Institucional).
Vamos à luta companheiros. Lembremos da frase do Che Guevara: a revolução é um enorme ato de amor pelo ser humano.
É dever dos revolucionários destruir o estado burguês e as crias, os estados em paralelo, do estado burguês.
