Publicação original em: https://www.sindimetromg.org.br
Em menos de dois anos a tarifa do Metrô de Belo Horizonte vai de 1,80 para 4,50, pois no dia 20 próximo terá mais um aumento.
Na maior crise econômica da história, com mais da metade da população economicamente ativa desempregada no Brasil, dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) vem aumentando o preço das tarifas de tal forma que inviabiliza os pobres de até mesmo procurarem emprego.
Recentemente, o Senador Carlos Viana (PSD), da base de apoio do governo Bolsonaro, usou os meios de comunicação para falar sobre os investimentos que ele quer para o Metrô de BH, o que inclui sua ampliação. Ele deixou claro que este investimento será público e, logo após, a Empresa deverá ser desmembrada; um fatiamento para ser entregue ao setor privado.
Desmembrada para entregar as partes mais lucrativas da Empresa. Assim foi anunciado o comprometimento do Ministério da Infraestrutura de capitalizar a Empresa com 1,2 bilhões de reais, e mais, usar dinheiro das indenizações que o governo receberá da Vale pelos desastres causados no Estado de Minas Gerais. Confira no vídeo:
Não é maravilhoso ser capitalista neste país?
A irrigação de dinheiro público para empresas que serão privatizadas, para não dizer doadas. Pagamento da ultra corrupta dívida pública que é repassado às contas dos banqueiros privados levando quase 50% de toda a arrecadação governamental. Isso sim é corrupção institucionalizada deslavada.
Se vai investir no Metrô porque não mantê-lo público e com tarifas socais? Porque não ser gratuito garantindo de verdade a mobilidade urbana e o direito constitucional de ir e vir?
Enquanto serviços públicos essenciais, em algumas partes do mundo, tendem a ser novamente estatizados, no Brasil a sanha do capitalismo não tem limites.
Veja neste vídeo a fala bonita de um dos representantes dos grandes capitalistas, onde explica os estudos feitos para descobrirem as melhores estratégias para entregar as melhores partes das empresas públicas:
Políticos, como o Senador Carlos Viana, são capachos desses empresários corruptos e de um sistema podre chamado capitalismo. Nele os pobres não têm vez e estão perdendo o direito inclusive de sobreviverem dado a falta de empregos.
O governo Bolsonaro encontra-se sem oposição e tudo vem sendo aprovado na maior tranquilidade. Desde a Reforma Trabalhista e depois a Reforma Previdenciária a população deveria estar nas ruas, mas não há sequer oposição ao governo.
A Reforma Administrativa já foi aprovada. Ela se soma à Lei do Teto de gastos (para os serviços sociais). Agora com a PEC 186 (a chamada Lei Emergencial), que obriga os entes federados a manter um superávit fiscal de 5%, um verdadeiro “estado mínimo para os trabalhadores” enquanto mantem os lucros fáceis dos banqueiros e empresários sanguessugas do povo.
O povo precisa imediatamente ir para as ruas e parar tudo, exigir até o cancelamento da Reforma Trabalhista e Previdenciária, anular todas estas PECs (Propostas de Emenda Constitucional) que massacram os trabalhadores e entregam o Brasil a preço de banana para o capital estrangeiro.
Defender o Brasil e o seu povo é uma tarefa urgente, antes que nos matem de fome.
