Uma frase que ronda muito nas redes sociais e que é conhecida na vida política Brasileira, neste caso essencial, o pedido do povo pelo impeachment de Bolsonaro tem como base as más decisões e a falta de representatividade com a classe trabalhadora.
Estamos falando de um governo que em todo seu transcurso teve como eixo a clara necessidade de manter os lucros dos grandes capitalistas às custas das condições de vida da população brasileira.
O povo demonstrou ao longo deste ano o descontentamento às medidas genocidas do “desgoverno” que atuou como uma marionete do Governo Trump.
Em 2020, houve uma única greve nacional contra o Governo Bolsonaro, protagonizada pelos trabalhadores dos Correios. Ela foi a maior greve da América Latina; durou 36 dias e foi quebrada pelo Governo Bolsonaro com o apoio muito ativo de todos os setores da máfia sindical e de todos os partidos políticos.
A maioria dos parlamentares da Frente Parlamentar em Apoio aos Correios chegou a assinar a PEC 149 que privatiza os Correios!
A campanha pela privatização dos Correios é impulsionada pela direita e apoiada ativamente por toda a “esquerda” oficial que atua a favor do massacre do Brasil promovido pelo Governo Bolsonaro.
Não é uma casualidade que essa greve e a do ano 2019 tenham acontecido por causa da presença e pressão de Gazeta Revolucionária na Categoria. Ambas foram isoladas pelas máfias das centrais sindicais, dos partidos políticos e dos sindicatos. Todas essas direções estão penduradas em dossiês do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e buscando desesperadamente salvar parte dos dinheirinhos roubados dos trabalhadores em troca de ajudar no massacre do Brasil.
Enquanto ao chamado do dia 23 de janeiro, para exigir o Impeachment de Bolsonaro, temos duas questões importantes a ressaltar. Primeiramente o pedido demonstra uma vez mais o descontentamento popular, ao igual que o alto número de abstenções e votos nulos nas últimas eleições municipais.
A segunda questão é que esse chamado não tem um planejamento e organização claros; é só o Fora Bolsonaro. Não há o pedido de cassação da chapa, a denúncia contra as políticas neoliberais de Paulo Guedes, a justiça social, medidas de luta para salvar o povo brasileiro do massacre, etc.
A “esquerda” oficial e consentida, simplesmente pede o fim do Governo Bolsonaro, permitindo assim a assunção do general Hamilton Mourão, que provavelmente seria ainda pior devido às ligações mais estreitas com o novo governo dos senhores da guerra nos Estados Unidos.
O pedido de Impechament deve ser usado em conjunto com o fim do desgoverno bolsonaro-Mourão e as politicas genocidas de Guedes, com a completa destituição das leis “anti-terrorismo”, as diversas privatizações e a luta contra o massacre do Brasil.
Devemos parar o massacre ao povo Brasileiro e Latino Americano o que fortaleceria a luta dos nossos irmãos chilenos.
A saída da Ford do Brasil é só uma pequena amostra do que está por vir. O futuro do Brasil e da América latina deverá ser de muita carestia e desemprego, se não começarmos a nos mobilizar já.
Neste momento histórico, nossos pedidos devem ser concretos, objetivos e com uma finalidade, resistir contra este sistema que apodrece nossas vidas.
Não podemos ficar simplesmente com um pedido vazío, que fará que a população fique mansa para continuar ampliando as mesmas políticas que hoje estão matando nossa sociedade, nossas terras e nossos sonhos. As políticas reacionárias devem parar agora, no dia 23, pedimos a todos que sejam conscientes da luta que estão acompanhando, onde, terão que escolher entre punir a ponta do iceberg ou todo o problema e sua causa.
O momento chegou, nossa luta é agora, devemos romper o bloqueio da “esquerda” oficial, que atua a serviço do Governo Bolsonaro, e agrupar aqueles que buscam lutar contra o massacre do povo Brasilerio.
