Por Marcos Lima
Há campanhas eleitorais que marcaram a história brasileira mais recente.
A campanha da vassourinha de Jânio Quadros, o suprapartidário. Crise econômica e ascenso do movimento de massas. 1960. A vassoura “para varrer a corrupção e a bandalheira para longe do Brasil”. Não chegou a completar 7 meses na presidência da república e renunciou.
FORA COLLOR
Crise econômica. Inflação nas nuvens. Em 1989 Fernando Collor de Mello por meio de uma fabricação das Organizações Globo apareceu como o caçador de marajás, numa alusão aos políticos brasileiros, suas mordomias e a corrupção. A farsa não perdurou e Collor foi destituído da presidência. 1992. Não perdeu nenhum dos seus bens. Paulo César Farias se deu mal e foi morto junto com a namorada.
A maior crise do capitalismo de todos os tempos.
Em 2018, apareceu como outsider (haja cinismo) da velha política, o capitão reformado e deputado federal Jair Bolsonaro em uma campanha cujo símbolo era “fazer arminha”. Dedo no gatilho, os desavisados foram ao delírio, inventaram até coreografias, o “Veio da Havan” virou garoto propaganda e apareceu um filósofo que ninguém conhecia ou havia lido, Olavo de Carvalho, como mentor das mentes brilhantes.
A burguesia “brasileira” a serviço do imperialismo norte-americano tem como certo e líquido que se não ganha pelo golpe da democracia pode ganhar pela força dos fuzis. O quepe está no cabedal da sala política brasileira esperando para a entrada triunfal salvando o Brasil de uma invasão comunista. E o povo?
O povo que se ferra, o botijão de gás passa dos 80 reais e a gasolina chega aos 5,99. Mais da metade da força de trabalho desempregada. Pequenas empresas falindo. A maior paulada na cabeça dos trabalhadores e me vem um sabidão e declama: “faz arminha que passa”.
O barril de pólvora está para explodir, o Brasil não é uma republiqueta e quando a massa for às ruas essa história vai dar uma reviravolta.