"As diferenças entre Trump e Biden têm ficado pequenas. Até porque quem ganhar as eleições de 3 de novembro terá que entregar guerra".

Eleições nos Estados Unidos: “entre a cólera e a gonorreia”

Essas foram as palavras que Julian Assange, o líder do Wikileaks que hoje se encontra em prisão em Londres, usou para referir-se às últimas eleições nos Estados Unidos, comparando Donald Trump e Hillary Clinton.

Nas eleições atuais temos uma situação ainda pior. Em 2016, a política dos fascistas do grupo de Trump queria fortalecer o imperialismo norte-americano em casa antes de promover uma grande guerra. Os Clinton, apoiados pelos Obama e a extrema direita mais vinculada à alta burocracia estatal queria uma guerra imediatamente.

Por meio de algumas manobras foi imposto Trump, mesmo tendo perdido por uma diferença de quase três milhões de votos, no voto popular.

As primeiras medidas de Trump lembraram a Adolf Hitler. Fazer os Estados Unidos grandes, expulsar os muçulmanos e construir um muro contra o México (que na prática já existia) pago pelos próprios mexicanos.

A política Trump desabou igual a um castelo de cartas logo no início, quando as manifestações convocadas pelos movimentos sociais do Partido Democrata foram tão grandes que ameaçaram ultrapassar os controles.

Imediatamente, o time mais duro de Trump começou a cair. Em um ano e meio foram quase duas dúzias. Até o próprio artífice da vitória eleitoral de Trump, Steve Bannon caiu.

O grande capital, especificamente o complexo industrial militar, impunha uma guerra. Trump nomeou conhecidos “falcões” para o primeiro time de governo, com o objetivo de conseguir uma guerra, mas que não fosse “ demasiadamente perigosa”.

Os assessores de Segurança Nacional Eliott Abrams e John Bolton tentaram uma guerra contra o Irã e fracassaram vergonhosamente. A tentaram contra a Venezuela e fracassaram miseravelmente.

O grande capital precisa de uma grande guerra

Hoje, a crise do capitalismo avança a passos largos. Foi mais ou menos camuflada a partir de março com o Covid-19. Mas a economia paralisou. Vários setores da economia ameaçam desabar.

O custo social para salvar as grandes empresas da bancarrota tem sido enorme. Além dos rios de dinheiro que já lhes eram transferidos regularmente, houveram US$ 8 trilhões adicionais. E vem mais.

O capitalismo não funciona mais. As leis do próprio movimento têm levado a um enorme e crescente aperto das contradições sociais.

Em breve poderá acontecer mais um novo espasmo dentro do marco geral do desenvolvimento da crise capitalista. Enquanto as grandes empresas foram salvas, as micro, pequenas e médias empresas quase nada receberam. Uma grande parte delas deverá quebrar em breve. Somente nos Estados Unidos representam 97% dos empregos.

A única “saída” capitalista para a crise passa pela destruição em massa das forças produtivas, o que requer uma guerra em largas proporções.

Como vários editoriais russos e chineses têm apontado agora não é saber se haverá guerra ou não, mas onde e quando.

As diferenças entre Trump e Biden têm ficado pequenas. Até porque quem ganhar as eleições de 3 de novembro terá que entregar guerra.

A América Latina é considerada como o quintal traseiro dos Estados Unidos, que é preciso usar como extração de mão de obra barata e de matérias primas. Por esse motivo, além do saque o imperialismo avança para pacificar a região por meio de leis que fariam ruborizar o próprio Hitler.

O dever dos verdadeiros revolucionários é organizar a resistência imediatamente.

Expor os ataques e a podridão do imperialismo e seus sócios locais. Organizar os trabalhadores para resistir.

A Primeira Série para as Redes Sociais, O Doleiro, busca justamente desenvolver novos mecanismos de comunicação de massas, para de maneira clara e didática avançar na propaganda e agitação para um número de pessoas muito maior (isso apesar da sabotagem aberta das redes sociais, principalmente das empresas norte-americanas).

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