Eleições no Equador: as artimanhas do imperialismo para impor a direita

Eleições no Equador: as artimanhas do imperialismo para impor a direita

As eleições foram controladas diretamente pelo imperialismo norte-americano na figura de Lenin Moreno, acabou impondo o candidato da direita, o banqueiro Guilhermo Lasso, porque precisava massacrar o povo de Equador e os povos da América Latina para se salvar da sua crise.

Lasso, que quase tinha sido derrotado pelo candidato da ala direita do “indigenismo”, Yaku Pérez, assumirá o governo no dia 24 de maio.

O correismo, na figura de Andrés Araúz, fez o típico papel de coadjuvante que tem se generalizado na “esquerda” oficial em toda a América Latina. Em cima de uma enorme campanha de que iria vencer até com muita margem, acabou canalizando o povo para a grande farsa eleitoral e com o apoio do “indigenismo” que, desta vez, a diferença das anteriores, não chamou o voto no candidato da direita.

O abstencionismo, somado aos votos brancos e nulos, tiveram um peso enorme como reflexo do próprio aprofundamento da crise política. 

O candidato do “correísmo” Andrés Arauz reconheceu imediatamente a derrota com as palavras “o saudarei ainda hoje [no domingo] pela vitória eleitoral obtida hoje e lhe demostrarei as nossas convicções democráticas”. “Convido o Sr. Lasso a respeitar o Estado de Direito e a não encarcerar os equatorianos que pensam diferente … devemos ser um único país.”

Ao que tudo indica, houve um acordo entre o “progressismo” (“esquerda” oficial) e a direita, da mesma maneira que aconteceu no Brasil, no Uruguai e em vários países da região. Representa mais uma derrota da “esquerda” oficial perante a escalada da crise.

O único lugar onde a “esquerda” oficial venceu recentemente foi na Bolívia, com a vitória da ala direita do MAS (Movimento Ao Socialismo) de Evo Morales, Luis Arce. E o fez teleguiado pela própria Embaixada dos Estados Unidos com o objetivo de conter o levante popular.

O Equador entrou em bancarrota após as eleições em que foi eleito Lenin Moreno. Este se submeteu até a medula às imposições do imperialismo. Até entregou o exilado político na embaixada de Londres, Julian Assange, o fundador do Wikileaks em troca de empréstimos que deixaram o país de joelhos.

Os povos estão muito cansados com a brutalidade dos ataques da burguesia que busca desesperadamente se salvar da crise.

Análise dos resultados

De acordo com o Conselho Nacional do Equador, o candidato da direita no Equador, Guillermo Lasso, venceu as eleições por 52,5% dos votos, depois de ter quase ter sido derrotado no primeiro turno. https://elecciones2021.cne.gob.ec/

De quase 12.350.000 eleitores, houve 3.950.000 de votos nulos, brancos e abstencionismo, ou 32% do total, quase igualando os 3.989.847 votos obtidos por Araúz e 400 mil votos abaixo dos 4.409.548 obtidos por Lasso.

Na Província de Pichincha, cuja capital é Quito, que também é a capital do Equador, o vencedor foi Lasso com 989 mil votos. O segundo colocado foram os brancos, nulos e abstenções com quase 660 mil votos. Araúz ficou um pouco acima dos 540 mil votos.

Na Província de Guayas, cuja capital é o porto de Guayaquil, venceu o candidato do correísmo, Araúz, com quase 1.140.000 votos. Lasso teve 1.011.000 votos. Os brancos, nulos e abstenções somaram 766.262 ou mais de 31% dos votos.

Em algumas províncias, os votos brancos, nulos e abstenções venceram. Em Azuay somaram mais de 275 mil votos, muito à frente de ambos candidatos que somados obtiveram pouco mais de 320 mil votos.

Em Bolivar, também venceu o abstencionismo, nulos e votos em branco com quase 5% a mais que o primeiro colocado. Em Cañar foram quase o dobro de votos que o primeiro colocado.

Ambos candidatos também foram vencidos pelo abstencionismo, nulos e votos em brancos em Chimborazo e nos votos no exterior.

Em Carchi, Imbabura, Loja, Los Ríos, Manabi, Morona Santiago, Napo, Pastaza, Tungurahua, Zamora Chinchipe, Galápagos, Sucumbios, Orellana, o abstencionismo, nulos e votos em branco venceu o segundo colocado. 

O abstencionismo, nulos e votos em branco somente não venceu em Santo Domingo Tsachilas (29% do total), Santa Elena (23% dos votos), além das duas principais províncias do país.

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