Bolsonaro, a sorte está lançada?

Bolsonaro, a sorte está lançada?

Depois da eleição de Joe Biden de Kamala Harris nos Estados Unidos, havia a previsão de que o trumpista Jair Bolsonaro seria provavelmente removido por meio de um impeachment.

Aconteceu exatamente o contrário. O Governo Bolsonaro injetou quase R$ 3 bilhões no Congresso e elegeu os presidentes dos Deputados e do Senado.

É evidente que essa manobra contou com o beneplácito e provável orquestração do imperialismo norte-americano.

Jair Bolsonaro praticamente desde o início do seu governo não passou da cara folclórica do Governo Bolsonaro que tem sido controlado pelos generais, as associações de empresários e da Embaixada dos Estados Unidos.

Os setores mais diretamente bolsonaristas têm sido controlados. As massas fascistas nas ruas também.

O Governo Biden transformou o trumpista Jair Bolsonaro em bidenista. A agenda política continuará a mesma: massacrar o povo brasileiro, agora contando com o controle das duas câmaras do Congresso Nacional, o Poder Executivo, a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal.

Segundo, o apoio do PT do PDT à candidatura Bolsonarista do Senador Pacheco, o grande empresário dos transportes de Minas Gerais.

O aprofundamento da crise capitalista mundial exige que o imperialismo norte-americano controle a ferro e fogo o seu quintal traseiro, a América Latina. É a repetição da política inaugurada em 1964 quando a partir do golpe militar Brasileiro foi transformado no principal carro chefe da política golpista em toda a América do Sul.

A “esquerda” oficial brasileira pendurada em dossiês

Desde as eleições de 2018, a “esquerda” oficial brasileira abandonou qualquer coisa parecida com alguma luta. Os protestos contra o massacre do Brasil foram totalmente cancelados.

As únicas duas greves nacionais contra o Governo Bolsonaro foram impulsionadas por Gazeta Revolucionária nos Correios, contra a sabotagem declarada de todos os setores da máfia sindical e dos partidos políticos.

Se trata de uma política implantada pelo imperialismo norte-americano que comprou e mantêm semi chantageadas todas as principais direções sindicais, dos movimentos sociais e dos partidos políticos por meio de dossiês do GSI (Gabinete de Segurança Institucional). Conforme o ventilou o Deputado Federal pelo PSOL Glauber Braga, quem organizar alguma luta real irá preso. Isso sem considerar que essas direções se encontram tão apodrecidas que morrem de medo de organizar alguma luta e estimular a aparição de setores de luta, como ficou evidente no caos dos Correios.

A “frente ampla” contra o povo brasileiro

Nas eleições de 2018, a candidatura do PT, encabeçada por um dos elementos da ala da direita, Fernando Haddad, abandonou qualquer mobilização do povo contra o fascista Jair Bolsonaro. Direcionou tudo para o identitarismo, embora que de maneira totalmente demagógica. Começou defendendo o aborto; no final da campanha, por causa dos acordos com a cúpula da Igreja Católica se manifestou contra o aborto. E ainda buscou alianças com direitistas do porte de FHC e vários outros.

Era a política da “frente ampla”: todos pela “democracia”, repetida nas eleições municipais.

Nessa campanha os candidatos da “esquerda” oficial não levantaram uma única bandeira de esquerda. O mais “esquerdista”  deles, Guilherme Boulos do PSOL/ SP chegou a defender o fortalecimento da polícia. O principal cacique do PSOL, Marcelo Freixo do Rio de Janeiro, chegou a ameaçar que se a doação de R$ 70 mil de Armínio Fraga (um ultra inimigo do Brasil) para um dos seus pupilos candidatos fosse rejeitada ele abandonaria o PSOL. O PT e o PCdoB se aliaram com centenas de candidatos da extrema direita, num fisiologismo mórbido. 

Depois da eleição nos Estados Unidos, onde foi aplicada a política de “todos contra Trump”, pareceria que essa seria a política a ser aplicada no Brasil.

Para surpresa de todos, o  PT e o PDT se aliaram com Bolsonaro na Câmara de Senadores o que permitiu a eleição do candidato Bolsonarista como presidente do Senado.

Esse vale tudo, de fato, é uma frente ampla contra o povo brasileiro, da qual participam todos os partidos políticos do regime, teleguiada pelo imperialismo norte-americano.

A “esquerda” oficial não é capaz de lutar mais nem sequer por reformas. Apodreceu totalmente.

Apesar do drama que implica o apodrecimento de todas as direções das principais organizações de massas, há o fato que os mecanismos de contenção tendem a ser muito fracos. Por esse motivo, a burguesia tem fortalecido como nunca os mecanismos abertamente repressivos.

No próximo período, em cima do aprofundamento da crise capitalista mundial, inevitavelmente, os trabalhadores e os povos entrarão em movimento.

A tarefa dos revolucionários é organizar a luta dos trabalhadores e do povo brasileiro contra o massacre.

Fora todo o Governo Bolsonaro e seus agentes!
Não à entrega do Brasil! O Brasil é do povo brasileiro!

Levante ! Organize-se! Lute!
A hora de Lutar é Agora!

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