As entrelinhas da Reunião Cume da OTAN: rumo a uma grande guerra

As entrelinhas da Reunião Cume da OTAN: rumo a uma grande guerra

No dia 14 de junho, aconteceu na cidade de Bruxelas (Bélgica) uma reunião cume chefes dos 30 governos que fazem parte da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). https://www.nato.int/cps/en/natohq/news_185000.htm 

Uma das mensagens principais do Comunicado é que Rússia seria “uma ameaça muito grave” e que a China seria “um desafio sistêmico”.

“As ações agressivas da Rússia constituem uma ameaça para a segurança Euro-Atlântica; o terrorismo em todas as formas e manifestações continua uma ameaça persistente para todos nós. Atores de estados e de não estados ameaçam as regras baseadas na ordem internacional e buscam minar a democracia no Planeta. A instabilidade além das nossas fronteiras também contribui para as migração irregular e o tráfico humano. A crescente influência da China e suas políticas internacionais também podem apresentam desafios que precisam sem endereçados juntos como uma Aliança. Estamos sendo enfrentados com ameaças cibernéticas, híbridas e outras ameaças assimétricas, incluindo campanhas de desinformação, e pelo uso malicioso de cada mais sofisticadas tecnologias. O rápido avanço na dominação do espaço afeta a nossa segurança. A proliferação de armas de destruição em massa e o controle da construção dessas armas também podem minar a nossa segurança coletiva.”

Sobre a guerra contra a Rússia e a China

A preparação para a guerra contra o bloco da Rússia e da China representa a escalada da disputa pelo mercado mundial no contexto da maior crise capitalista mundial de todos os tempos.

Após a crise de 2008, as tensões escalaram por causa da crescente dificuldade para conter a queda dos lucros.

A China direcionou a política de desenvolver o consumo interno, de desenvolver o chamado Novo Caminho da Seda, como uma maneira de integrar vários mercados para fornecer mercadorias manufaturas à Europa, o Made in China 2025, para concorrer no mercado de alta tecnologia. Em paralelo, tem desenvolvido e estendido a capacidade militar, principalmente na Ásia onde concorre de igual a igual com o imperialismo norte-americano.

A China precisa se expandir, até para conter a explosão social interna.

A Rússia e a China se aproximaram após a crise de 2008 como resposta ao aumento das pressões do imperialismo, deixando para atrás as enormes contradições que tinham.

A Rússia se encontra sob enorme pressão em todas as fronteiras ocidentais e do sul por conta da política militarista da OTAN.

A China enfrenta a pressão do imperialismo norte-americano principalmente no Mar do Sul da China, da Austrália e da Índia, no Oceano Índico.

A aceleração dos ventos de guerra se relacionam com o aprofundamento da crise capitalista mundial e a necessidade de manter os lucros e conter o crescente e obsceno aumento dos volumes de capitais fictícios.

Principais políticas da OTAN para 2030

“Melhorar o estado de prontidão das nossas forças e fortalecer e modernizar a Estrutura de Força da OTAN”.

O orçamento total oficial dos membros da OTAN supera hoje os US$ 1 trilhão, dos quais 70% é dos Estados Unidos.

Isso sem contar com as verbas secretas, provenientes das operações “ilícitas” como o tráfico de drogas e de armas, e da prostituição, que adicionam um volume significativo, ou as verbas semi disfarçadas por meio de outros gastos.

Maior integração militar por meio da “Aceleração para de Inovação na Defesa”.

Os Estados Unidos, por meio do programa B3W (Build Back Better World, ou construir novamente um mundo melhor) dispõem de mais de US$ 100 bilhões oficiais para “mobilizar capitais do setor privado para quatro áreas foco”.

Esses investimentos com foco em “clima, saúde, segurança da saúde, tecnologia digital e igualdade de gênero” provavelmente virão dos chamados “bônus verdes”, a nova versão dos “bônus carbono” ou seja a especulação financeira com a questão ambiental, sob a proteção da OTAN que direcionará parte desses recursos para as questões militares.

Aumentar a colaboração prática com “novos interlocutores além da área Euro-Atlântica, incluindo África, Ásia e América Latina”.

Tal como tem acontecido com a Colômbia ou o Chile, o imperialismo busca o controle total do mundo e buscará conter a perda de mercados.

O imperialismo norte-americano até pode permitir que a China realize atividades comerciais, desde que pague os respectivos “pedágios” e de que não “invada” os setores chave da economia mundial, que fazem parte dos componentes parasitários da dominação imperialista.

“Aumentar substancialmente o treinamento e suporte às capacidades dos parceiros”.

Aumentam de maneira acelerada os gastos militares, oficiais e não oficiais, e os gastos com as militarização das sociedades. Estes representam a condição se ne qua non para as potências capitalistas irem a uma guerra importante que representa o modus operandis normal do capitalismo na época do imperialismo, conforme as palavras do líder da Revolução Russa de Outubro de 1917, Vladimir Ilich Lenin.

“Reafirmamos o nosso compromisso em continuar a entregar a capacidade BMD (Defesa contra os Mísseis Balísticos).”

Não somente o belicismo aberto, mas o desenvolvimento de armas cada vez mais sofisticadas, junto com os sistema de “defesa” que incluem mecanismos importantes de ataque, mostra que o mundo capitalista longe de ser uma “democracia” pacífica é um sistema feroz e decadente que precisa da guerra.

O sistema de “defesa” THAAD, implantado há dois anos na Coreia do Sul, por exemplo, tem como objetivo controlar, com a desculpa da Coreia do Norte, setores vitais da China e da Rússia.

Se trata de uma briga de cachorro grande pelo controle do mercado mundial, que nunca foi dividido a não ser por meio de sangrentas guerras.

Os revolucionários temos o dever de denunciar o ventos de guerra da mesma maneira que os revolucionários daquela época, o fizeram em 1912, às vésperas da Primeira Guerra Mundial, e o reafirmaram em 1915, com os bolcheviques à cabeça, apesar de na época serem apenas um punhadinho de “mohicanos” que não tinham capitulado.

Os revolucionários temos o dever de organizar os trabalhadores que luta a partir das bandeiras de luta capazes de tirar os trabalhadores e os povos da maior crise capitalista mundial de todos os tempos.

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