Esta coluna é uma iniciativa das mulheres da Gazeta revolucionária, que você pode ler todos os domingos, em nossa página www.GazetaRevolucionaria.com, onde você também pode enviar suas sugestões e, assim, escrever sobre sua heroína favorita.

ANITA GARIBALDI: A HEROINA DE DOIS MUNDOS!


Antes de começar a falar de Anita Garibaldi, gostaríamos de dizer que esta iniciativa é uma pequena homenagem às grandes mulheres do nosso Continente, mulheres de luta, que ousaram ir contra as injustiças. A essas heroínas, que não devem ser apenas lembradas no Dia da Mulher, mas todos os dias. Por causa delas, com o exemplo delas, o mundo tem sido um pouco mais justo. São aquelas mulheres que quiseram apagá-las da nossa história, mas seu exemplo e coragem transcendem além de suas mortes.

Esta coluna é uma iniciativa das mulheres da Gazeta revolucionária, que você pode ler todos os domingos, em nossa página www.GazetaRevolucionaria.com, onde você também pode enviar suas sugestões e, assim, escrever sobre sua heroína favorita.

Ana Maria de Jesus Ribeiro da Silva, conhecida como Anita Garibaldi nasceu na cidade catarinense de Laguna, em 30 de agosto de 1821. Foi uma mulher humilde que nasceu em um lar popular, tendo ainda assim uma boa educação comparada com as oportunidades que tinham as mulheres da sua classe social. Se apaixonou pela guerra, principalmente pela mão de Giuseppe Garibaldi, o qual foi um dos principais líderes da Revolução Farroupilha na sua cidade natal. 

Deixando o casamento arranjado aos 15 anos, Anita decidiu lutar pela causa popular e sua devoção pela revolução a levou a aprender a utilizar espadas e armas de fogo, virando parte do seu dia a dia para sobreviver. Sendo deixada de lado pelas mulheres, que não compreendiam sua necessidade de lutar em guerras e dançar entre as balas das quais muitos homens fugiram como ratos.

Convicção e Força 

Não esqueçamos, que estamos falando de uma mulher que somente aos 18 anos, decidiu unir-se aos farrapos, os quais eram os revolucionários secessionistas que lutaram contra o Império de Dom Pedro II, se alçaram em armas para que o Rio Grande do Sul fosse um Estado Independente. 

Durante a Batalha de Curitibanos, Anita – que estava grávida do seu primeiro filho-  foi perseguida é sequestrada por tropas do Império Brasileiro, sendo informada da falsa morte de Giuseppe Garibaldi, estranhada com a informação, pediu recorrer os campos com os corpos para achar  o seu companheiro, saltando a um cavalo e fugindo dos  oficiais que a resguardavam. 

Ela colocou a sua vida nas mãos da guerra, sua devoção aos seus princípios foram um dos laços mais fortes que permitiram a sua incansável luta por sobreviver. Depois da fuga, chegou a um rio onde ainda tendo passado dias sem comer continuou em pé, achando ao final um refúgio com companheiros revolucionários, encontrando-se dias depois com Giuseppe. 

Sem lugar a dúvidas, Anita foi uma mulher que deixou bem claro que o lugar das mulheres na história depende de nós. Anitta, em 1841 viajou para Montevidéu junto com seu companheiro, Giuseppe Garibaldi, para apoiar os irmãos uruguaios que lutavam contra a tirania do ditador Fructuoso Rivera. 

Em Uruguai, foi obrigada a manter uma vida mãe e dona de casa, vida, que ao parecer não era a que ela desejava, já que, inumeráveis vezes decidiu colocar a sua vida em risco pela causa dos marginados sem sequer pensar duas vezes em aquel rol que a sociedade procurava lhe impor. 

Seu final chegava, mas a luta perseguia 

Sendo uma lutadora pela liberdade dos povos latino americanos, foi enviada para Itália em 1847, para realizar os preparativos da chegada do seu companheiro em uma tropa de mil pessoas às quais participavam das guerras da unificação da Itália. 

Já em Roma, lutaram pela unificação de Itália, localizando seus últimos momentos na cidade de Roma, onde tiveram que suportar todos os exércitos que eram contrários à unificação de Itália, entre eles as forças Franco-Austríacas.

Ao desembocar na cidade de San Marino, conseguiram um salvo conduto pela embaixada Norte Americana que prometia salvar Anita e seu companheiro e aquela situação limite, mas, enferma de tifus, e sem quase força no seu corpo pela febre provocada pela doença, morreu cerca de Ravenna, um 4 de Agosto de 1949. 

Aprender, e nunca esquecer 

Anita, conhecida como a heroína dos dois mundos,  lutou como uma mulher, escalou montanhas, cruzou rios, perseguiu e foi perseguida pelos seus ideais, mas jamais se dobrou perante o medo e a morte; sem dúvidas foi uma gigante, e uma valente mulher que abandonou a vida doméstica e superou os preconceitos da época para lutar por seus ideais. Uma mulher analfabeta que lutou até seus últimos dias em Roma pela vida, a dignidade e os povos esquecidos pelos detentores do poder. 

O legado mais importante de Anita Garibaldi é que para a luta contra a opressão não há fronteiras. Basta se posicionar do lado dos oprimidos e lutar.

Levante ! Organize-se! Lute!
A hora de Lutar é Agora!

🕶 Fique por dentro!

Deixe o trabalho difícil para nós. Registe-se para receber as nossas últimas notícias directamente na sua caixa de correio.

Nunca lhe enviaremos spam ou partilharemos o seu endereço de email.
Saiba mais na nossa política de privacidade.

Artigos Relacionado

Deixe um comentário

Queremos convidá-lo a participar do nosso canal no Telegram

¿Sin tiempo para leer?

Ouça o podcast da

Gazeta Revolucionaria