A morte do lulismo e a luta dos trabalhadores

A morte do lulismo e a luta dos trabalhadores

(Matéria publicada originalmente em 27.11.2018)

Quem assistiu ao último depoimento de Lula à juíza sucessora de Sergio Mouro na Operação LavaJato, deve ter ficado espantado com o grau de decadência do maior político da esquerda integrada ao regime.

A ala direita que tomou conta do PT, o grupo Mensagem ao Partido, desarmou a defesa de Lula, dentro do marco do regime golpista, e, na prática, aliada aos próprios golpistas, entregou Lula aos leões para apodrecer na cadeia ou submete-lo à morte política. Fazem parte desse grupo, conhecidos traidores dos trabalhadores, como Fernando Haddad, Tarso Genro, José Eduardo Cardoso, Aloísio Mercadante, Dilma Rousseff e Paulo Pimenta, dentre outros. Quando Lula se entregou na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo à Polícia Federal, parecendo um cordeirinho indo para o matadouro, foi orientado por esse grupo, apesar de que poderia ter resistido, pelo menos, durante quatro dias até sair a decisão definitiva do STF (Supremo Tribunal Federal), o que aliás era a intencional inicial do próprio Lula. Quando no dia 11 de setembro de 2018, Fernando Haddad foi imposto como candidato à presidência da República, isso aconteceu em cima da pressão desse grupo, passando por cima das preferenciais principais de Lula. E pior ainda. Havia a decisão de uma comissão das Nações Unidas para que a candidatura Lula fosse mantida. Se tivesse sido mantida, teria aberto uma crise enorme no regime golpista.

A transformação do PT numa esquerda golpista

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A candidatura Haddad fez de tudo para perder. Buscou alianças com os piores elementos da direita tradicional, como FHC, Joaquim Barbosa e até o homem da LavaJato Rodrigo Janot. Não levantou as bandeiras de luta dos trabalhadores e em nenhum momento, buscou mobilizar as massas nas ruas, que seria a única maneira de conter o avanço do golpismo. A eleição de Bolsonaro foi legalizada pelo PT. Haddad reconheceu a derrota. Mercadante legalizou a fraude das urnas eletrônicas, ao que se somou um processo do PT perante o TSE (Supremo Tribunal Eleitoral) para que fossem rejeitados os recursos questionados os resultados considerando a inexistência de auditoria e a falta de segurança, que inclusive se manifestou nos estados com a disparada de vários elementos de extrema direita do quarto para o primeiro lugar nas pesquisas, enquanto conhecidos figurões da esquerda não eram eleitos, de maneira muito suspeita.

A Revista The Economist, que é propriedade da família dos especuladores financeiros Rotschild, a mesma que impôs Emanuele Macron na França, elevou Haddad ao papel do principal queridinho dos banqueiros internacionais. 

O grupo de Haddad e cia. já controla o PT. Acuou as direções da CUT e dos movimentos sociais, que se encontram paralisadas desde o dia 31 de março de 2016, quando começaram a aparecer sérios sintomas de que poderiam perder o controle. No período anterior, esse grupo ficou ameaçando os demais setores do PT com a LavaJato e o MP (Ministério Público), com quem mantém ligações próximas. E são tão próximas que nenhum dos membros desse grupo foi preso nem indiciado e ainda conseguiram eleger vários deles, muito ruins de votos, e tiveram campanhas milionárias sem nenhum medo da LavaJato e do MP.

No próximo período, a pressão golpista continuará aumentando, como o demonstra a 59o. ação da Polícia Federal contra o PT da Bahia, onde o governador Rui Costa foi eleito com 70% dos votos no primeiro turno, que mantém ligações próximas a Lula.

Por um partido dos trabalhadores operário revolucionário

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O PT morreu como partido operário, sob a pressão do imperialismo. O lulismo está morrendo sob a pressão para transformar o Partido numa espécie de PSDB, com o objetivo de controlar o movimento de massas a partir da paralisia dos aparatos.

O governo Bolsonaro é o resultado da guerra híbrida (uma agressão militar sem tropas do imperialismo norte-americano) contra o Brasil. O time golpista está sendo colocado em campo com o objetivo principal de aplicar enormes ataques contra os trabalhadores.

O papel dos revolucionários que lutam pela formação de um partido operário revolucionário é se preparar para atuar no próximo período em que o aprofundamento da crise capitalista mundial e a escalada dos ataques inevitavelmente irão colocar a classe operária mundial em movimento novamente. Deveremos assistir ao estouro de protestos e greves espontâneos por causa da traição da esquerda e da burocracia sindical e dos movimentos sociais. É preciso se preparar para orientar a luta em cima do programa operário revolucionário a partir de palavras de ordem mobilizadoras que devem ser colocadas em pé a partir de uma máquina de agitação e propaganda marxista revolucionária.

Fora Bolsonaro e o golpe militar!

Por um plano de lutas contra os ataques!

Por uma plenária nacional de trabalhadores!

Fora imperialismo do Brasil e da América Latina!

Levante ! Organize-se! Lute!
A hora de Lutar é Agora!

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