A mão do imperialismo por trás dos atentados terroristas

A mão do imperialismo por trás dos atentados terroristas

(Matéria original publicada em janeiro de 2019)

Uma nova onda de ataques terroristas criou mais um estado de comoção. No Brasil, foi o segundo atentado terrorista em pouco mais de dois anos, com o ataque à escola na cidade de Suzano, em São Paulo. Em Nova Zelândia, aconteceu o ataque a duas mesquitas, na pacata cidade de ChristChurch, a capital da ilha do sul. Em Holanda, o ataque foi na cidade de Utrecht. Todos esses ataques seguiram o mesmo script da maioria dos ataques terroristas que têm acontecido a partir do ataque às Torres Gêmeas de 11 de setembro de 2001, com fortes sintomas da intervenção dos serviços de inteligência. Assassinos frios, treinados e que no final se suicidam. A primeira pergunta que deve ser feita, dada a manipulação das informações pela imprensa burguesa, é a clássica frase em latim “Quo bene?”, ou a quem beneficia?

O imperialismo em decadência tenta salvar da crise o grande capital, rumo ao maior colapso da história. Com esse objetivo, aperta o regime político para militarizar as sociedades, sugar até a última gota de sangue dos trabalhadores e preparar uma grande guerra. Uma grande destruição de forças produtivas é a única “saída” capitalista para a crise, que hoje não consegue abrir uma única fábrica, pelo menos no Ocidente. O imperialismo norte-americano ainda busca expulsar os russos e chineses da América Latina e controlar as tendências centrípetas das demais potências imperialistas e regionais.

Aperto para impor um governo militar puro sangue

O atentado de Suzano colocou em xeque a principal bandeira da campanha de Jair Bolsonaro, a liberação da posse de armas. Isto se somou a uma campanha geral contra o governo Bolsonaro e a favor da posse do “equilibrado e democrático” general de extrema direita Hamilton Mourão.

O governo Bolsonaro representa uma extrema direita folclórica, fraca e que dificilmente conseguirá conter um forte ascenso de massas. A recente visita de Bolsonaro aos Estados Unidos mostrou o entreguismo patético, que incluiu a primeira visita de um presidente brasileiro à sede da CIA (Agência Central de Inteligência), por fora da agenda oficial. Foi oficializada a entrega da base de Alcântara, localizada no norte do Brasil. Foi avaliada uma invasão militar a Venezuela. Foram liberados os vistos sem reciprocidade. O chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), o general Augusto Heleno, se reunião com o falcão de extrema direita John Bolton, responsável pelos ataques a Venezuela, junto com outro conhecido falcão, Elliott Abrams. O Brasil foi colocado para ser entregue em bandeja para o imperialismo, a troco de pinga. Mas este impõe a necessidade de um governo mais duro com o objetivo de desfechar ataques mais duros contra os trabalhadores e manter a estabilidade do regime na ponta das baionetas.

O aumento da pressão sobre a sociedade

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O aumento da pressão do imperialismo, com o objetivo de conter a crise capitalista, tem impacto sobre toda a sociedade. A esquerda integrada ao regime e a burocracia sindical e a dos movimentos sociais se encontram hiper paralisadas e elevaram as traições a níveis históricos. A recessão econômica e a perda das organizações classistas têm deixado os trabalhadores em situação de enorme confusão, com medo e sem saber o que fazer.

A pressão sobre as organizações da esquerda revolucionárias, que são muito pequenas, e os trabalhadores classistas aumentou. Às vacilações normais deste final de décadas de paralisia do movimento de massas, se somou o confusionismo ainda mais profundo. Uma avaliação impressionista da situação política tende a aumentar o derrotismo, a desconfiança na classe operária e a super dimensionar o poder de fogo do imperialismo.

Uma avaliação dialética do desenvolvimento da situação política, a partir das próprias contradições, revela que a paralisia atual representa uma espécie de tranquilidade antes da tempestade. A sociedade capitalista se dirige ao pior colapso da sua história. E isto deverá colocar em movimento novamente à classe operária mundial. 

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