De acordo com os dados do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da FGV), só o fato de ter reduzido o auxílio da pandemia de R$ 600 para R$ 300 levou à pobreza mais de oito milhões de pessoas.
De acordo com os dados oficiais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), haveria no Brasil mais de 47 milhões de pobres e mais de nove milhões de pobres extremos.
A realidade é muito pior, apesar dos números serem bastante graves.
Por exemplo no Brasil, apenas por volta de 33 milhões de trabalhadores têm Carteira de Trabalho assinada e a maioria ganha um salário mínimo. Isso implica que o desemprego real é de pelo menos 70% da força de trabalho.
Como medida emergencial é preciso aumentar os programas de assistência social para evitar um colapso humanitário. Mas é preciso aumentar os recursos repassados e ainda incluir conselhos de trabalhadores com poder para controla-lo.
Ao mesmo tempo, a solução do problema só pode passar por um grande programa de obras públicas para gerar dezenas de milhões de empregos.
Com o Brasil sendo dessangrado por meio da espoliação de recursos da maneira mais parasitária possível, como a dívida pública, qualquer investimento fica inviabilizado. Até porque a política dos abutres capitalista é de aumentar a roubalheira por meio de métodos legalizados e ilegais.
É preciso levantar a bandeira da suspensão da dívida pública ultra corrupta e nunca auditada, da estatização do sistema financeiro e das grandes empresas que foram privatizadas, sem indenização. E ainda colocando-a sob o controle de conselhos de trabalhadores.
Uma bandeira bastante básica que a autodenominada “esquerda”, que hoje atua lado a lado com o Governo Bolsonaro para massacrar o Brasil, jogou no lixo há algumas décadas.
Nossas demandas só serão atendidas com o povo organizado nas ruas!