No Brasil, temos a maior greve desde 1995 e a maior na América Latina hoje. É a única resistência de massas contra o massacre imposto pelo Governo Bolsonaro contra a nação brasileira.

A Federação patronal dos Correios (Findect) para Quebrar as Greves (Cap.2)

Os convido a conhecer esta triste história.

Como o Governo usa os pelegos sindicais para quebra-la?

O balcão de negócios dos pelegos com a Empresa e o Governo tem ficado cada vez mais escandaloso.

Os pelegos entregaram os direitos conquistados pelos trabalhadores por meio de duras lutas a partir da década de 1980.

Por meio de métodos fraudulentos, impuseram, a mando da Empresa, do Governo e dos abutres capitalistas que estão de olho em se apoderar a troco de pinga dos Correios, o nefasto PCCS (Plano de Carreira, Cargos e Salários), que, dentre outras maldades, levou à terceirização dos OTTs (Operadores de Transbordo e Triagem) há três anos.

Quando liquidaram o Postal Saúde, nem sequer uma greve os pelegos organizaram.

No escândalo do Postalis, o fundo de pensão, o roubo à poupança dos trabalhadores foi escandaloso.

E a lista de traições é quilométrica.

Além da farra com o imposto sindical e a Contribuição Sindical, houve a farra das chefias. Um exemplo muito conhecido foi o do Sr. Manoel Cantoara, ex secretario geral da Fentect (Federação dos Trabalhadores dos Correios da ECT) que pelos serviços prestados recebeu um cargo como diretor da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos).

O Sr. Cantoara, ex membro do PT e do MDB, que está fugido, foi responsável pela compra generalizada de sindicalistas e um dos operadores da corrupção do Postalis onde estão com o rabo preso vários dos sindicalistas pelegos que atuam hoje.

A origem da Findect

A Findect como instrumento patronal para quebrar as greves e a luta dos trabalhadores se remonta ao golpe aplicado faz aproximadamente 16 anos.

Até o ano 2002, havia no Sindicato dos trabalhadores dos Correios de São Paulo uma diretoria colegiada da qual participavam o PSTU (que tinha a maioria), o PT, o PCdoB, o PCO e o MRL.

As greves de 1998 a 2002, aumentaram as perdas dos trabalhadores e o descontentamento da base. As lutas eram direcionadas, principalmente pelo PSTU, para que o dissídio fosse julgado pelo TST (Tribunal Superior Eleitoral).

Nas eleições seguintes, a Articulação Sindical do PT e o PCdoB se aliaram e as venceram amplamente.

A CUT impôs a entrada do José Rivaldo (vulgo Talibã), na Diretoria Executiva do Sintect-SP apesar dele não ter base de trabalhadores. Talibã continua como o atual secretário geral da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores da ECT) e é responsável por inúmeras derrotas e traições.

O Sintect-SP conseguiu 22% de aumento salarial, após uma greve de 17 dias já no governo Lula, quando no momento, os aumentos tinham sido de 2% e no máximo um abono de parcela única em um único mês.

O golpe patronal do PCdoB e da Findect

José Rivaldo (vulgo Talibã) junto com Adamião, que era assessor político do Sintect-SP, ambos da Articulação Sindical/ PT, se aliaram ao PCdoB. Conseguiram corromper alguns diretores da Articulação Sindical, movidos pela ganância.

José Rivaldo

Assim, José Rivaldo, Adamião (ambos diretores da Executiva), junto com o “Japonês”, Márcio, Gilmar de Sorocaba e Mizael se juntaram aos 40% da diretoria do PCdoB e à Dra. Kátia, a advogada do Sindicato, e seu marido, Marcos.

Anos depois, a Dra. Katia e seu marido foram presos por terem aplicado um golpe similar no Sindicato dos Coletivos.

Num belo dia, foram trocadas as fechaduras do Sintect-SP e, desta maneira, vários diretores não puderam mais entrar. Dentre eles, Elvis (secretário de Finanças), Trabuco (também secretário de Finanças) e Mairiporã (secretário Geral).

O Japonês, Adamião, o “Talibã” e um membro do PCdoB encabeçaram a expulsão de Trabuco, Elvis e Mairiporã por “improbidade administrativa”, por “roubo aos cofres do Sindicato”. Foi instaurada uma investigação e os três foram afastados por 180 dias. Essa investigação acabou durando sete anos. O resultado final de um processo jurídico foi a inocência dos três.

José Rivaldo foi para a direção da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores da ECT).

O Japonês tentou carreira política, como vereador.

Márcio foi assessorar o pelego Sr. Almeida em Guarulhos.

O PCdoB ficou com o controle do Sintect-SP, adicionando novas futuras mega traições ao que já vinha sendo praticando desde quando o Governador de São Paulo Orestes Quércia, premiava as suas peleguices e corrupção com cargos na Eletropaulo.

As eleições fraudadas se sucederam. Assim como as contestações jurídicas da oposição.

Após a seguinte eleição, um juiz determinou que fosse realizada uma nova eleição, que também foi fraudada, que continua sendo a norma há 16 anos.

As últimas eleições também estão sob judicie.

O PCdoB passou a aplicar uma política de corrupção aberta com setores da base, principalmente em alguns CDDs (Centros de Distribuição), regada a festas, churrascos, cerveja com o objetivo de usar setores da Categoria para votar segundo a sua vontade desses pelegos mafiosos.

O PCdoB rompeu, uns anos depois, com a Fentect e com a luta a nível nacional. Criou a CTB (Central dos Trabalhadores Brasileiros) para beneficiar-se do imposto sindical. Fez um acordo com a Findect que era naquele então a federação da Adcap, esta havia sido criada para defender um grupo reduzido da chefia dos Correios.

Assim, num passe de mágica, a Findect, que era um agrupamento patronal, das chefias, foi transformada numa Federação de Trabalhadores dos Correios, com o principal sindicato dos Correios do país como membro.

A continuação, o PCdoB, alterou os estatutos, alongando o mandato da Diretoria de três para cinco anos. Seguindo o exemplo de Bauru, que realiza eleições fraudadas a cada oito anos, sob o direção do presidente da Findect, o rei dos pelegos, o Sr. Gândara.

Findect

Após a fundação da Fentect, em 1988, alguns trabalhadores organizados na região de Bauru (como os conhecidos pelegos Gândara e Anísio), de olho no imposto sindical, juntamente com a fundação do Sintect-Bauru que não tinha se filiado à Fentect, criaram a Federação Interestadual na região.

Como a nova legislação trabalhista ainda era muito recente e o controle e fiscalização do MTE (Ministério do Trabalho) era irrisório, o imposto sindical da região lhes fosse outorgado a esses mafiosos. Passaram a receber 30% do total do imposto, o que seria aproximadamente R$ 600 mil, por volta de cinco anos.

Essa situação passou pelos governo de FHC e suas mega privatizações, que aconteceram com a cumplicidade dos pelegos, e durou até 2003. Foram constatadas irregularidades na constituição da Federação de Bauru e Região e assim, lhes foram interrompidos os repasses de mensalidades e financeiros de qualquer espécie.

O Sintect-Bauru se filiou à Fentect.

A eleição do megapelego Sr. Manoel Cantoara, como secretário geral da Fentect coincidiu com o mesmo período em que o PCdoB saiu da CUT e a CSC da Fentect. Cantoara hoje está acusado de roubo no escândalo do Postalis, o fundo de pensão dos trabalhadores dos Correios.

A Diretoria do Sintect-Bauru junto com os sindicatos da CSC fundaram a CTB, numa aliança entre PCdoB e o MDB sindical, da qual o pelego Gândara é o vice-presidente. O MDB foi o partido consentido da Ditadura Militar.

Na época, o Sr. Divisa (SP) e o Ronaldão (RJ) ainda não tinham entrado em cena.

Alguns diretores pelegos têm buscado seguir carreira política sobre as costas dos trabalhadores. O “Nego Peixe”, diretor do Sintect-SP, busca agora uma eleição como vereador da cidade de São Paulo. Outros foram incorporados como diretores à CTB.

É nas mãos desses pelegos mafiosos é que os pelegos da segunda divisão, disfarçados de supostos sindicalistas de luta, querem hipotecar o futuro dos trabalhadores. Só pode resultar em privatização, demissões massa, fome e miséria.

Devemos passar por cima dos mafiosos e tomar nossos sindicatos para lutar

Os pelegos não trabalham; nem sequer vão às unidades. A menos que seja para ameaçar quem tenta organizar a luta.

Não organizam greves; buscam quebra-las a mando do Governo gafanhoto. Eles não querem parar os principais centros operacionais porque são agentes da própria Empresa, do Governo Bolsonaro e dos grandes capitalistas abutres.

Muito menos querem que apareçam trabalhadores de luta, pois eles podem ameaçar a roubalheira.

Foram os pelegos mafiosos de São Paulo juntos com as chefias quem organizaram a queima de bandeiras do PT nas eleições presidenciais passadas.

As assembleias eram realizadas no Clube da CMTC, com estrito controle de entrada e com centenas de brutamontes para intimidar os trabalhadores.

Não deixam ninguém falar. No caso do Sintect-SP, o único autorizado é o Geraldinho do PSTU. Me digas com quem tu andas e te direi que tu es?

Hoje as assembleias são virtuais, sem qualquer garantia contra a fraude e ainda aumentando as dificuldades para participar delas.

Sabotam as eleições com todo tipo de fraudes e em conluio com os demais pelegos. Este será o assunto do nosso próximo Dossiê dos Pelegos, a Parte 3.

O objetivo dos pelegos é ajudar a entregar os Correios e o Brasil aos abutres capitalistas. Demitir todos os trabalhadores concursados. Massacrar a nação brasileira. Como recompensa, os pelegos buscam ficar com parte do que roubaram aos trabalhadores.

Para vencer, os trabalhadores devem retomar os seus sindicatos. Expulsar os pelegos que querem derrotar a greve junto com o Governo Bolsonaro. Ainda há tempo para derrotar a privatização e as demissões.

É preciso parar a produção já, a começar pelos centros operacionais de São Paulo e Rio de Janeiro.

Agora é a hora da verdade.
Ou triunfarão os pelegos mafiosos ou nós trabalhadores venceremos.

De que lado você está?           

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